Padre é suspeito de engravidar menor, obrigá-la a fazer aborto e enterrar feto em quintal

Por: Priscila Horvat

21/08/2024 - 20:08 - Atualizada em: 21/08/2024 - 21:14

Um padre, de 31 anos, foi preso por suspeita de pedofilia em Coari, no Amazonas.

Ele foi detido neste domingo (18), no próprio quarto da casa paroquial.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, o religioso abusou sexualmente de pelo menos quatro adolescentes.

Além de cometer o abuso, ele ainda filmava as relações sexuais.

A investigação contra ele iniciou-se em 2023, após uma adolescente, de 17 anos, fazer a denúncia de que mantinha um relacionamento com o padre.

Ela relatou que mantinha relações sexuais com ele desde os 14 anos, e que chegou a engravidar, mas que foi obrigada a abortar.

A investigação apontou que outro homem, de 34 anos, que era amigo do padre, forneceu medicamentos para que a adolescente sofresse o aborto.

O feto foi abortado no quintal da casa desse amigo, e enterrado no mesmo local.

Além de todo o relato da vítima, existem fotos que comprovam o ocorrido.

O pároco ainda cometia violência psicológica com a menor, e a ameaçava dizendo que “iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém”.

Quando os policiais civis foram até a igreja para realizar a prisão do padre, encontraram o homem na cama com outra jovem, que tinha acabado de completar 18 anos.

Para a Polícia, esse é mais um indício de que ele já mantinha relações com a jovem desde quando ela era menor.

A investigação ainda descobriu que o homem pedia à jovem que trouxesse amigas ao local, para terem relações sexuais em conjunto.

Durante a prisão, foram realizadas buscas no quarto do padre, que culminaram na apreensão de mais de R$ 30 mil em espécie, além de mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas.

O material e o notebook encontrado foram encaminhados para análise da perícia.

Os depoimentos de outras testemunhas ainda indicam que outras pessoas poderiam participar do esquema, aliciando as menores.

As investigações continuam, e os alvos investigados vão responder por omissão de assistência a crianças e adolescentes, com penas que variam de 6 meses a 3 anos de detenção.

O padre será encaminhado à audiência de custódia e deve ficar à disposição da Justiça.

Por meio de nota, a Diocese de Coari repudiou os abusos e expressou solidariedade às vítimas e a suas famílias.

O religioso foi afastado de todas as funções que desempenhava na Igreja Católica.

 

Foto: Imagem de freepik

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