Um homem suspeito de estuprar a enteada por mais de quatro anos, teve o mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (5), em ação da Delegacia de Alto Araguaia (415 km ao sul de Cuiabá).
O suspeito de 42 anos teve a ordem de prisão decretada com base em investigações da Polícia Civil pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra sua enteada, atualmente com 13 anos de idade.
As investigações iniciaram no domingo (2), quando a equipe da Delegacia de Alto Araguaia recebeu denúncia sobre uma possível situação de estupro em que o pai estaria mantendo relações sexuais com a filha, inclusive havendo um vídeo com cenas de sexo entre o suspeito e a vítima, que teria sido gravado pelo próprio investigado.
Conforme a denúncia, a violência sexual contra a menor ocorria há mais de quatro anos. Com base nas informações, imediatamente foi iniciado um trabalho de investigação para apurar os fatos, sendo identificado o local de gravação do vídeo (um barraco localizado às margens da BR-364).
Em diligências no local, os policiais civis encontraram indícios do crime, sendo possível visualizar no varal da residência um cobertor que aparecia no vídeo. O suspeito reside no local com outros familiares, mas ele, a vítima e outras crianças não estavam na casa no momento das diligências policiais.
Posteriormente, os policiais receberam informações de que a menor vítima estaria na casa da avó materna, onde foi acolhida e segue sob os cuidados da rede de proteção dispensada em casos de abuso sexual infantil.
Durante as investigações, foi identificado que a vítima não é filha do suspeito, contudo, foi registrada como se fosse. A mãe da menor, teve outros dois filhos com ele, porém após se separar há mais de cinco anos, deixou as três crianças para trás.
Diante dos elementos levantados nas investigações, o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira decretou mandado de prisão preventiva do suspeito, que foi deferido pela 1ª Vara Criminal de Alto Araguaia, na noite de terça-feira (4), e cumprido na manhã desta quarta-feira (5), pela equipe de investigadores da Delegacia de Alto Araguaia.
Pena pode chegar a 15 anos prisão
Questionado sobre os fatos, o investigado optou por permanecer em silêncio. Após a prisão, o suspeito foi colocado à disposição da Justiça, podendo ser condenado a uma pena de até 15 anos de reclusão.
O delegado Marcos Paulo destacou que crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes são considerados hediondos e causam sentimento de indignação e repulsa em todos, pois as vítimas carregam sequelas por toda a vida.
“Neste caso, é ainda mais revoltante pois há indícios de que o padrasto, que criou a menina como pai, cometia os abusos há mais de quatro anos, ou seja, desde quando a vítima era menor de 10 anos de idade, além de gravar o ato, produzindo vídeos da menor em situações pornográficas”, disse o delegado.