Dois pacientes morreram após a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Pronto Socorro de Canoas, terceira cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, ser inundada pelas enchentes que atingem a região.
De acordo com o prefeito do município, Jairo Jorge (PT), houve falta de energia devido a entrada da água na UTI. Com isso, os equipamentos desligaram, provocando um “colapso” na unidade.
No sábado (4), o prefeito havia divulgado ao governador Eduardo Leite e ao ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, que nove pacientes haviam falecido devido a inundação. Na madrugada de domingo (5), porém, corrigiu a informação e afirmou que foram registrados dois óbitos.
Jorge disse que foi informado das nove mortes pelo secretário de Saúde do município, Mauro Sparta, e que repassou os números ao governador e ao ministro. Mais tarde, porém, o secretário foi até o hospital e esclareceu os reais números da ocorrência.
“Não faleceram nove pessoas”, afirmou o prefeito. “Tivemos, na verdade, dois óbitos. Um óbito de uma pessoa que estava em morte cerebral e que nessa transferência veio a falecer, e de uma outra pessoa que se jogou do quarto andar de um prédio e em razão das múltiplas faturas, pela gravidade da situação, nessa transposição acabou falecendo. 11 pacientes foram transferidos com sucesso”.
Números atualizados
Conforme boletim atualizado, divulgado pela Defesa Civil às 12h, 75 morreram por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. As autoridades apuram ainda se outras seis mortes têm relação com os eventos meteorológicos. Há ainda 103 desaparecidos e 155 feridos.
Ao todo, 334 cidades foram afetadas pelas chuvas no estado, afetando 780 mil pessoas. De acordo com o boletim, 104,6 mil pessoas precisaram deixar suas casas. Destas, 16.609 estão em abrigos e 88.019 desalojadas (na casa de familiares ou amigos).