A Operação “Shamar”, em combate à violência contra a mulher e ao feminicídio, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, se encerrou nesta sexta-feira (15) em Santa Catarina, após um mês de intensos esforços e ações em todo o estado.
Os dados do balanço da operação, divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-SC) em Florianópolis, demonstram um comprometimento significativo das forças de segurança catarinenses na proteção das mulheres em situação de risco. A operação alcançou 236 municípios catarinenses, mobilizando 1,8 mil policiais e 582 viaturas.
Entre os resultados mais relevantes da operação, destacam-se:
– 356 prisões e apreensões em flagrante delito por violência doméstica contra a mulher.
– 487 diligências policiais de conduções de suspeitos de violência doméstica.
– 745 inquéritos policiais instaurados e 1.037 concluídos.
– 1.840 atendimentos de ocorrências de violência doméstica familiar contra a mulher.
– 4.314 vítimas atendidas.
Além das ações repressivas, a operação também teve um forte componente educativo e de conscientização, com 291 palestras e 583 ações de panfletagem e orientação à população.
O secretário de Estado da Segurança Pública de SC, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, enfatizou a importância desses resultados: “Avaliamos o resultado como muito positivo, com quatro mil vítimas atendidas em geral. Isso demonstra a preocupação e o empenho com que o governo do Estado de Santa Catarina trata e com prioridade este tema da violência contra a mulher no Estado.”
O encerramento da operação também marcou o lançamento do Protocolo Integrado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência em SC. Esta iniciativa visa aprimorar o atendimento às vítimas, evitar deslocamentos desnecessários, garantir um atendimento humanizado e acolhedor, e reduzir a revitimização. O Protocolo integra a SSP-SC, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros Militar de SC no fluxo de atendimento às vítimas.
A operação Shamar demonstrou o compromisso do estado de Santa Catarina em combater a violência contra a mulher e fortalecer a proteção das vítimas, reafirmando a importância da integração entre as forças de segurança e o poder público no enfrentamento desse grave problema social.