Operação Hefesto: Supermercado se manifesta e nega comercialização de carne imprópria

Por: OCP News Criciúma

18/10/2021 - 21:10 - Atualizada em: 18/10/2021 - 21:52

Vazou nas redes sociais nesse fim de semana, os nomes dos estabelecimentos que supostamente utilizavam e comercializavam carne imprópria para consumo, incluindo de mula e de cavalo, na Operação Hefesto, em Morro da Fumaça. O documento cita quatro locais e é assinado pelo delegado Antônio Marcio Campos Neves.

O documento enviado pelo delegado é endereçado para a diretora da Vigilância Sanitária de Santa Catarina, Lucélia Scaramussa Ribas Kryckj. Nele, o profissional de segurança pública cumprimenta a diretora e identifica quais os estabelecimentos que comercializavam o produto impróprio para consumo e segure a visita da vigilância sanitária estadual nos lugares.

Ao Folha Regional, os responsáveis pelo estabelecimento negaram a compra de carne imprópria e afirmaram que irão tomar providências.

“Já estamos tomando todas as providências cabíveis, registraremos um B.O. e em breve emitiremos uma nota oficial nas nossas redes sociais. Não compramos não”.

Nota de esclarecimento

“Em atenção aos nossos clientes, à imprensa e à sociedade em geral, em virtude das notícias veiculadas no último sábado (16/10), o Farol Supermercado vem esclarecer que está inteiramente à disposição dos órgãos competentes para elucidar todos os pontos que se façam necessários.

Ainda, o Farol Supermercado esclarece que sua diretriz sempre foi o bom relacionamento com os seus clientes, fornecendo produtos de qualidade e atendimento diferenciado, razão pela qual se mantém em atividade por mais de 13 anos.

Por fim, o FAROL SUPERMERCADO reitera seu compromisso com as boas práticas de mercado, além de buscar a eficiência em seus produtos e serviços, visando a plena satisfação dos seus clientes e da sociedade em geral”,

Operação Hefesto

A operação, denominada de Hefesto, apurou o abate e a venda de carne imprópria, a partir de um CTG em Morro da Fumaça, na Região Carbonífera. A primeira fase da operação foi em setembro com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão.

Na época, mais de 500 quilos de carne foram apreendidos em Morro da Fumaça. Duas pessoas foram presas por crime contra o consumidor, duas por tráfico de drogas e uma por associação criminosa. A continuidade ocorreu na primeira semana de outubro, e mais sete pessoas foram presas. Desdobramentos não estão descartados.

Até o momento, foi detectado que a carne abatida de cavalos era moída e misturada à carne bovina. O produto disso era negociado com estabelecimentos comerciais na região Sul, conforme apontaram conversas obtidas através da análise de aparelhos telefônicos. O delegado Ulisses Gabriel coordenou as investigações.


Com informações do Notisul e Folha Regional