Operação da Receita Federal apreende 22 mil garrafas de vinho contrabandeadas em SC, PR e RS

Foto Divulgação/Receita Federal

Por: OCP News Vale

04/03/2021 - 11:03 - Atualizada em: 04/03/2021 - 13:42

No período entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março, a Receita Federal realizou a Operação Dionísio, a maior ação integrada para combater a entrada irregular de bebidas alcoólicas na fronteira com a Argentina.

Ao todo, foram apreendidas cerca de 22 mil garrafas de vinhos e espumantes, com ações direcionadas em depósitos, lojas, transportadoras e agências de correio, além de abordagens nas estradas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As garrafas apreendidas, algumas com valor de revenda no varejo próximos a R$ 2 mil, têm um valor estimado de R$ 4 milhões. A ação contou com a participação de órgãos de segurança, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, e Polícias Militares do Paraná e Santa Catarina.

O chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, auditor fiscal Tsuyoshi Ueda, destacou a união de esforços para o sucesso da operação.

 

“Quando somamos todo o conhecimento e experiência que cada órgão público tem em sua área de atuação, conseguimos resultados muito superiores. Esta é a maneira mais efetiva de combater o crime organizado”, destacou Ueda.

 

O nome da operação faz alusão a Dionísio, deus grego do vinho, e ao município catarinense de Dionísio Cerqueira, um dos principais pontos utilizados para o ingresso clandestino de vinhos argentinos.

As apreensões na fronteira com a Argentina têm crescido ao longo dos últimos anos. Em 2019, foram apreendidos cerca de R$ 6 milhões em bebidas. Este número saltou para mais de R$ 18 milhões em 2020 e, nesses primeiros meses de 2021 já supera a marca de R$ 10 milhões.

O combate à entrada de vinhos de maneira ilegal no Brasil busca proteger a indústria nacional e combater a concorrência desleal, uma vez que comerciantes que realizam a importação legal das bebidas não conseguem manter a competitividade frente aos sonegadores e acabam fechando as portas, aumentando o desemprego.

Além disso, os vinhos introduzidos irregularmente não possuem controle sanitário e são transportados e armazenados de forma irregular, o que pode causar graves prejuízos à saúde dos consumidores.