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Operação Curto Circuito apura desvios na Celesc e prende três pessoas

Operação Curto Circuito foi deflagrada nesta sexta-feira (2) | Foto Divulgação/OCP News

Por: Ewaldo Willerding Neto

02/08/2019 - 08:08 - Atualizada em: 02/08/2019 - 08:46

A Diretor de Investigações Criminais (DIC) cumpriu 3 mandados de prisões temporárias, 20 mandados de busca e apreensão, bloqueios de ativos financeiros das pessoas naturais e jurídicas investigadas, sequestro e indisponibilidade de 23 veículos, dentre eles, uma Lamborguini, um Camaro e um Land Rover, 24 imóveis, sendo alguns de alto padrão, além do sequestro de 5 empresas dentro da Operação Curto Circuito deflagrada nesta sexta-feira (2). As cidades onde foi realizada a ação ainda não foram reveladas pela Polícia Civil.

Foi instaurado Inquérito Policial com o objetivo de apurar materialidade, autoria e circunstâncias de crime de peculato eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa contra a Celesc.

De acordo com o que foi apurado, a Celesc celebra contratos denominados convênios de prestação de serviços, os quais consistem, basicamente, em cobrar e arrecadar, na fatura de energia elétrica, determinados serviços prestados pelas empresas conveniadas, diretamente dos consumidores de energia. Ou seja, a Celesc cobra e arrecada, na conta de luz, alguns serviços de empresas que celebram contratos com a empresa e, após apuração mensal, repassa os valores, descontando as taxas contratuais.

As investigações revelaram que o funcionário responsável pelo controle de pagamentos de convênios alterava manualmente, para maior, os lançamentos de repasses para convênios do sistema comercial da empresa de distribuição de energia Celesc, cujos pagamentos tinham como beneficiária uma empresa investigada, sendo que no período investigado, foram feitas 136 alterações a maior, totalizando valores que, corrigidos, somam mais de 17 milhões de reais.

Além da apuração dos crimes de peculato eletrônico e associação criminosa, a investigação apurou o caminho do dinheiro desviado e o patrimônio dos investigados, a fim de responsabilizá-los pelo crime de lavagem de dinheiro e para garantir o ressarcimento dos recursos.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.