Operação conjunta recupera R$ 11,3 milhões da compra irregular dos respiradores em SC

Por: Ewaldo Willerding Neto

09/05/2020 - 12:05 - Atualizada em: 09/05/2020 - 12:21

A Operação Oxigênio desencadeada pela força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Polícia Civil sequestrou R$ 11 milhões de uma conta bancária de um dos envolvidos na compra irregular de 200 respiradores pelo governo do estado, no valor total de R$ 33 milhões, pagos antecipadamente à empresa Veigamed, com sede no Rio de Janeiro. Os equipamentos ainda não chegaram ao estado.

 

 

Na ação realizada na manhã deste sábado (9), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) cumpriu 35 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

De acordo com o Delegado-Geral da Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich, também foram apreendidos R$ 300 mil em espécie e documentos, além de insumos necessários ao combate do coronavírus, que serão trazidos para a secretaria de Saúde de SC.

Os nomes dos envolvidos em toda a transação estão sendo investigados pelas autoridades, mas não foram divulgados.

As informações foram passadas em entrevista coletiva realizada na manhã deste sábado com a presença do Chefe do MPSC, Fernando Comin; do Presidente do TCE, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, além de Paulo Koerich.

“Está claro que houve um conluio para causar prejuízo ao erário público e que pessoas que deveriam cuidar do controle interno da operação não fizeram a sua parte”, destacou Adircélio Ferreira.

Informações sigilosas

Por conta das restrições impostas pelas investigações e pela Lei de Abuso de Autoridade, muitas perguntas sobre a operação ficaram sem respostas.

Mas de acordo com informações extra-oficiais, as buscas, apreensões e sequestros aconteceram no gabinete da Casa Civil do governo do estado, em uma residência em Biguaçu, além na sede da Veigamed no Rio de Janeiro.

De acordo com Fernando Comin, o MPSC vai solicitar ao Tribunal de Justiça de SC a divulgação de todas as informações e nomes dos envolvidos, para garantir a transparência no processo.

 

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