Operação busca cumprir mandados de prisão contra 95 PMs no Rio de Janeiro

Foto: PMERJ/Divulgação

Por: OCP News Jaraguá do Sul

29/06/2017 - 09:06

Foto: PMERJ/Divulgação
Com informações do portal Uol.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizam, nesta quinta-feira (29), uma megaoperação para cumprir ao menos 185 mandados de prisão contra policiais e traficantes de drogas suspeitos de corrupção. Das ordens judiciais, 95 são contra PMs, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública. A ação, batizada “Calabar”, ocorre no Rio e em cidades como Niterói, São Gonçalo, Maricá e outras na região metropolitana do Estado.

Outros 70 mandados de prisão têm como alvo traficantes de drogas que, segundo a apuração oficial, pagariam propina aos policiais investigados. As equipes também cumprem cem mandados de busca e apreensão em batalhões e endereços residenciais. A maioria dos PMs investigados está nos batalhões de São Gonçalo (7º BPM) e de Niterói (12º BPM). Os detidos estão sendo levados para a Cidade da Polícia, na zona norte da capital fluminense, onde foi montada uma base de comando. Pelo menos 19 já foram presos.

As investigações revelaram que uma quadrilha formada por policiais cobrava propina a traficantes de várias comunidades do Rio, muitas vezes pessoalmente. O grupo criminoso movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês. Cada ramificação da quadrilha receberia, em média, de R$ 1.000 a R$ 5.000 por semana. Internamente, a operação está sendo considerada a maior da história do Rio no combate à criminalidade dentro da Polícia Militar.

No total, participam 110 delegados e mais de 500 agentes. O trabalho é coordenado pela Divisão de Homicídios de São Gonçalo e Niterói, com apoio de promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), órgão do MP, e policiais da Corregedoria Interna da PM. Se indiciados e denunciados à Justiça, os policiais responderão por organização criminosa e corrupção ativa. Já os traficantes serão responsabilizados por organização criminosa e corrupção passiva.