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Óleo de canabidiol que causava alucinações era vendido por médico condenado em SC

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

28/06/2024 - 16:06 - Atualizada em: 28/06/2024 - 16:29

O primeiro médico condenado na Operação Venefica vendia protocolos medicamentosos sem comprovação técnica e óleo de canabidiol.

Porém, um dos pacientes de Joinville relatou fortes alucinações após usar a substância.

Conforme a investigação, o óleo seria adquirido de um traficante da região.

Geralmente utilizado para minimizar efeitos ou dores de doenças, como Alzheimer, epilepsia e câncer, o óleo de canabidiol deve ser importado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de entrar em alguma formulação.

Isso porque a substância deve passar por um controle de qualidade para comprovar a dosagem de THC (tetrahidrocanabinol) na composição, que não pode passar de 2%.

Encontrado na cannabis, o THC é encontrado é responsável pelos conhecidos efeitos alucinógenos da maconha.

A investigação do caso apontou que, mesmo com o relato do paciente, a perícia não conseguir verificar a quantidade de THC na composição do óleo.

Na clínica do médico condenado foram encontrados diversos frascos do óleo de canabidiol.

Segundo apuração da investigação, o produto seria feito na região de Joinville sem o cuidado necessário para a manipulação.

Foram apreendidos todos os óleos encontrados na clínica, anabolizantes e lista das pessoas que compraram produtos no estabelecimento.

Por causa desta nova descoberta, o médico recebeu a adição da pena o crime de tráfico de drogas.

Ao todo, ele deve cumprir 38 anos, um mês e 15 dias de reclusão em regime fechado e mais seis anos em regime semiaberto.

A Operação Venefica já denunciou 22 pessoas que, juntas, somam mais de 500 crimes praticados.

O Ministério Público de Santa Catarina continua as investigações do caso, que envolve comércio irregular de medicamentos (venda de produtos adulterados, impróprios e/ou sem respeito às normas sanitárias), falsidade ideológica e exercício ilegal da Medicina.

 

Imagem de Freepik

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