Mulher suspeita de matar namorado com “brigadeirão” envenenado se entrega à polícia

Luiz, Júlia e o prato que, para investigadores, teria o "brigadeirão" que o envenenou — Foto: Reprodução/PC-RJ

Por: Pedro Leal

05/06/2024 - 15:06 - Atualizada em: 05/06/2024 - 15:29

Júlia Pimenta, a mulher suspeita de envenenar o namorado com um brigadeirão, se entregou na 25ª delegacia de Polícia do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (4). O crime ocorreu no final de maio, no Rio de Janeiro.

A psicóloga chegou ao local encapuzada, de cabeça baixa e acompanhada da advogada.

As informações são do jornal O Globo.

É o segundo depoimento prestado por Júlia. Ela já havia deposto quando o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto.

Na ocasião, sorriu em alguns momentos e confessou que ela e o companheiro tinham uma relação conturbada e estavam separados. Na ocasião, ela não foi presa por falta de base legal.

Depois disso, a jovem de 27 anos era considerada foragida pelas autoridades policiais.

Júlia é suspeita de ter envenenado um brigadeirão e dado o doce ao namorado. O homem foi encontrado morto no apartamento em que o casal morava, no dia 22 de maio.

Câmeras de segurança do elevador do prédio mostram as últimas imagens de Luiz com vida. No registro, o empresário já aparece passando mal e avisa a companheira que não está bem.

Depois desta ocasião, João Marcelo não foi mais visto, mas Júlia aparece sozinha no elevador do prédio e na garagem levando uma vida normal.

A Polícia acredita que o empresário já estava morto e que a psicóloga teria ficado no apartamento com o corpo do namorado.

A polícia acredita que Júlia matou o namorado por interesse e para ficar com os bens do empresário. Amigos e familiares da vítima eram contra o relacionamento e afirmaram em entrevistas que a psicóloga tinha interesse em uma união estável com Marcelo:

Uma amiga de Julia, a cigana Suyany Breschack, também foi presa. A polícia acredita que Suyany já sabia do crime antes da morte do empresário. A mulher também teria se beneficiado, já que a cigana ficou com o carro de Marcelo, entregue por Júlia para quitar parte de uma dívida de R$ 400 mil com a amiga.

Para Suyany, Júlia teria confessado que matou o namorado com o uso do medicamento Dimorf, analgésico usado para o controle de dores agudas e crônicas. A suspeita teria dissolvido diversos comprimidos em um brigadeirão servido ao empresário.

O ex-namorado de Breschack também foi preso suspeito de receptação.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).