Uma mulher, de 45 anos, morreu após um elevador despencar do 5º andar em São Paulo.
A queda de elevador ocorreu por volta das 12h30 no dia 6 de agosto de 2024.
O caso aconteceu em um condomínio residencial localizado na esquina da Rua Piauí com a Avenida Angélica.
O acidente, onde também deixou dois homens gravemente feridos, foi divulgado pelo programa Fala Brasil na manhã da última quarta-feira (9).
As causas do acidente ainda são desconhecidas, mas um laudo de peritos que visitaram o prédio deve esclarecer o que aconteceu.
O Edifício André foi construído há 60 anos e o elevador nunca foi substituído, apenas passava por manutenções obrigatórias.
Adriana Maria de Jesus era esposa do porteiro Gildélio Alves do Santos e trabalhava para uma família no prédio há 11 anos.
Imagens da câmera de segurança mostram o momento em que ela entra no elevador e aperta o botão do quinto andar.
O elevador sobe direto para o sétimo andar, onde dois homens embarcam também.
Adriana aperta de novo o botão cinco e quando estava prestes a chegar no andar, o ascensor perde o controle e despenca.
A queda do elevador durou apenas um segundo e rapidamente o equipamento atingiu o andar térreo.
O elevador ficou destruído e os três ocupantes caíram no chão.
O porteiro Gildélio assistiu a tudo pelas câmeras de segurança e viu o momento da queda do elevador. “Eu acompanhei no monitor, olhando minha esposa subindo, tudo normal. Quando desceu, eu saí disparado”, lembra.
Adriana sofreu várias fraturas, ficou internada durante uma semana, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia 13 de agosto.
Os outros dois homens, de 63 e 27 anos, também foram socorridos em estado grave e já receberam alta do hospital.
“Meu coração está despedaçado. Eu estou tendo que ter força para trabalhar e para seguir a vida, porque tenho que trabalhar”, desabafa Gildélio.
História de amor começou na infância
Adriana e Gildélio cresceram juntos na Bahia e passaram 28 anos sem se ver.
Em São Paulo, se reencontraram e decidiram viver juntos. O casal havia acabado de voltar das férias quando ocorreu a queda de elevador.
“Ela teve a história dela, eu tive a minha. Nos reencontramos e tivemos a oportunidade de viver esse amor da infância durante seis anos”, conta o porteiro Gildélio. “A única coisa que eu quero é Justiça”, desabafa.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que o caso é investigado como morte suspeita e lesão corporal. “As equipes da unidade buscam provas e ouvem testemunhas visando ao esclarecimento dos fatos”, comunicou.
A empresa responsável pela manutenção do elevador, Atlas Schindler, disse que está contribuindo com as autoridades para apurar as causas do acidente.
Eles afiramaram que já haviam recomendado a modernização do equipamento ao condomínio mais de uma vez.
O especialista Rodrigo Sá afirma que os acidentes com queda de elevador são raros, mas é preciso realizar a manutenção do equipamento uma vez por mês.
“Tem um conjunto de itens que precisam ser verificados. Eles têm que estar fixados corretamente, não podem estar enferrujados ou corroídos. É uma manutenção preventiva séria que precisa ser feita minuciosamente, mas é um item que não dá defeito de um dia para o outro”, explica.
“Um cabo de aço em um prédio residencial pode durar tranquilamente 20 anos, mas normalmente, a partir de 20 anos de vida útil, o equipamento começa a sofrer algumas atualizações tecnológicas, algumas substituições de componentes mais robustos”, avalia o especialista em elevadores.
*Com informações do Fala Brasil e ND+