Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

MP vai investigar atuação da Guarda Municipal em sessão na Câmara Municipal de Florianópolis

Por: Schirlei Alves

26/04/2018 - 14:04

A 40ª Promotoria de Justiça de Florianópolis pretende instaurar, nos próximos dias, um procedimento investigatório interno para apurar a atuação da Guarda Municipal na sessão que ocorreu na Câmara Municipal de Florianópolis, no último sábado (21).

A sessão que foi realizada de forma extraordinária e urgente para apressar a votação do “Creche e Saúde Já” _ lei que já foi sancionada pelo Prefeito Gean Loureiro e possibilita a terceirização dos serviços de saúde e educação _, foi marcada por protesto dos servidores municipais, tumulto e até spray de pimenta.

Imagens feitas por uma equipe de reportagem do jornal Notícias do Dia gravaram o momento em que um guarda municipal pega o tubo de spray de pimenta da Polícia Militar e aciona contra os servidores e integrantes do Sintrasem. Profissionais da imprensa também foram atingidos pelo gás. O forte aparato de segurança incluindo Guarda Municipal e Polícia Militar para proteger os vereadores durante a votação também foi alvo de polêmica.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi uma das instituições que se manifestou sobre o episódio. Ofícios assinados presidente da seccional catarinense, Paulo Brincas, foram enviados à Secretaria de Segurança Pública e à Guarda Municipal solicitando abertura de investigação do caso.

Um dia antes da sessão polêmica, na última sexta-feira (20), a Prefeitura de Florianópolis assinou contrato com duas empresas para comprar artefatos não letais como granada (de gás lacrimogêneo e luz e som), arma elétrica (dispositivo elétrico incapacitante Spark Z2), spray, espargidor de agente de pimenta e cartuchos plásticos calibre 12 (projétil de borracha) para uso da Guarda Municipal. A informação foi publicada no Diário Oficial do Município. O valor total do investimento é de R$ 177,6 mil.

A reportagem do OCP News conversou com a secretária municipal de Segurança Pública, Maryanne Matos, nesta quarta-feira (25). Ela disse que um procedimento foi instaurado pela corregedoria tanto para apurar a atuação da Guarda quanto para checar denúncias envolvendo a depredação do patrimônio público.

Sobre a aquisição dos equipamentos, Maryanne defendeu que havia defasagem no equipamento de proteção e uso progressivo da força da instituição.

“São equipamentos de proteção utilizados por todas as organizações de segurança pública comprados de forma contínua. Estamos cumprindo a portaria federal que diz que todo agente de segurança deve estar portando no mínimo dois equipamentos de segurança para proteção tanto do agente quando das pessoas”, disse Maryanne.

LEIA MAIS
Prefeito sanciona lei enquanto servidores protestam pelas ruas de Florianópolis

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Schirlei Alves

Jornalista com 10 anos de experiência. Já atuou em TV, rádio, jornal impresso, digital e assessoria de comunicação.