Uma motociata será realizada para lembrar a memória do jovem David Wilhian Chaves, de 23 anos.
Ele teve a vida ceifada um acidente causado por um motorista embriagado na SC-108, em Guaramirim.
Seis meses após a fatalidade, parentes e amigos vão se reunir na manhã deste sábado (15), na frente Guará Lanches, na rua 28 de Agosto, local onde a vítima trabalhava como motoboy.
A concentração ocorre por volta das 9h e a manifestação segue até o quilômetro 33 da rodovia, no ponto em que ocorreu o acidente.
A mãe de David, Nilce Wieczynski, conta que a batida causada pelo condutor do Fiat Linea, de 22 anos, ocorreu há 200 metros da casa em que morava com o filho.
Ele estava trafegando na contramão e atingiu a Yamaha Fazer em cheio.
“Lidar com esse sentimento é muito difícil. A cada dia que passa parece que a dor não diminuir, só aumenta. Eu imagino ele todo momento junto comigo. Ele era muito apegado a mim”, lembra. “Naquele dia, ele me ligou e estava triste porque o computador havia estragado. Falei para ele que estava tudo bem e que a gente iria dar um jeito nisso. Ele me mandou fotos com os gatinhos que amava e essas foram as últimas palavras que troquei com o meu filho”, completa.
Descrito como uma pessoa muito feliz, Nilce conta que David transmitia uma energia muito boa para as pessoas.
O jovem se dava bem com todo mundo, de crianças até pessoas idosas.
Segundo ela, o rapaz tratava todas as pessoas com muito amor e carinho.
“Ele era uma pessoa que estava sempre sorridente e brincava com todo mundo. Independente da situação, ele não demonstrava os problemas que tinha. Era um jovem carismático e que se dava bem com todo mundo”, frisa.
Motorista embriagado
Nilce lamenta o fato de um jovem como David ser o responsável pelo acidente.
Ela conta que o motorista chegou a alegar que o acidente aconteceu na por causa da chuva.
Com o impacto causado pelo acidente, David foi jogado para as margens da pista.
“Ele quase caiu em cima do corpo. Ele deu outros passos, caiu novamente e levantou. Ele caiu quatro vezes. Aí, ele vem e me diz que a chuva causou isso? A chuva que ele bebeu veio de dentro de uma latinha”, desabafa.
Ela conta que o motorista foi solto dois meses após o acidente.
A mãe reitera que a sensação de impunidade é completa e que não há explicação para a pessoa responsável pela morte do filho dela estar solta.
Com a aproximação da primeira audiência do caso, no dia 19 de abril, amigos e parentes decidiram realizar a manifestação.
“Isso é pra mostrar que ele não está sozinho. Ele não estava nem 200 metros de casa. Aí, vem um cara e tira a vida dele. Tirou como se fosse a de um animalzinho na rua. Como vai chegar essa audiência no dia 19, nós queremos fazer pressão para ver se isso é resolvido. Porque foi uma vida que ele tirou”, finaliza.
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