Morte de turista austríaco em Florianópolis foi acidental, aponta Polícia Civil

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por: OCP News Joinville

04/12/2023 - 18:12 - Atualizada em: 04/12/2023 - 18:59

A Polícia Civil apresentou ao Poder Judiciário as conclusões do inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte do turista austríaco Michael Lichtenegger, de 40 anos, ocorrida em Florianópolis.

O turista havia sido visto pela última vez no dia 19 de outubro de 2023, na Praia da Joaquina.

De acordo com o delegado Renan Scandolara, a hipótese plausível é de que a vítima tenha deixado seus objetos pessoais em sua mochila, colocado-a sob um deck de madeira e ingressado no mar.

“O turista havia ingerido bebida alcoólica e o mar encontrava-se bastante agitado e com correntes marítimas significativas, sinalizado com bandeira vermelha. Não havia ninguém junto a turista, o que indica que ele ingressou sozinho no mar. A falta de retorno do turista à praia para buscar seus pertences é elemento que reforça, por fim, a morte acidental por afogamento do estrangeiro,” disse.

Segundo a Polícia Civil, não havia sinal de violência externa, na análise do cadáver.

“Tal fato se alinha com a ausência de indícios mínimos da prática de delitos com violência e/ou grave ameaça: todos os pertences da vítima foram localizados na praia, na forma que ele possivelmente os havia deixado (sem indicativos de latrocínio); não há histórico de conversas em aplicativos de relacionamento que permitam indicar que turista estivesse em risco; e não há elementos de comportamento autodestrutivo da vítima,” explicou o delegado Renan Scandolara.

A investigação

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR), representou pela quebra de sigilo de dados relativo a aplicativos de encontros, redes sociais e contas em nuvem pertencentes ao austríaco, ao tempo em que se intensificaram as buscas por terra, mar e ar nas proximidades do local em que turista fora visto pela última vez.

A DPPD realizou trabalho de identificação de testemunhas, trajetos e pesquisando elementos que pudessem confirmar o paradeiro de turista, como imagens de câmeras de vigilância de comércios e residências.

Uma mochila com indícios de pertencer ao turista foi localizada na Praia da Joaquina, sob um “deck” de madeira”, contendo diversos objetos do estrangeiro. Entre eles, havia um telefone celular, sem carga, documentos paraguaios em seu nome, cartões de crédito e roupas que posteriormente foram confirmadas como sendo dele.

Durante a investigação, foram ouvidas testemunhas, inclusive pessoas que alegaram ter visto o homem após a data de seu desaparecimento. Foram analisadas câmeras de segurança de tais locais, sendo que não foram encontrados quaisquer indícios de que turista estivesse circulando pela Capital após a data de seu desaparecimento.

Encontro de cadáver e cooperação internacional

Na data de 29 de outubro de 2023, dez dias após o desaparecimento, o cadáver de um homem foi localizado ao mar nas ilhas Moleques do Sul, em Florianópolis. O corpo estava em avançado estado de decomposição, não sendo possível verificar sua identidade.

Uma vez que os indícios indicavam tratar-se do turista, já que não haviam outras denúncias de pessoas desaparecidas em mar com as características do estrangeiro, a Polícia Civil, através da DPTUR, realizou atos de cooperação internacional para auxílio na identificação do cadáver.

Foram acionadas, então, autoridades da Áustria no Brasil, bem como a Polícia Nacional do Paraguai e a Polícia Austríaca, a fim de se obter documentos e prontuários que permitissem a identificação do cadáver.

Por meio de tal cooperação, foram recebidos prontuários dactiloscópicos e documentos odontológicos do falecido, o que permitiu identificar o corpo, com segurança, como sendo do turista austríaco.

Vinda de familiares ao Brasil

Familiares de turista viajaram da Áustria para Florianópolis para realizar os ritos funerários e repatriação de seus restos mortais, juntamente com autoridades consulares daquele país.

Durante esse período, os estrangeiros foram assistidos pela Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR), que prestou auxílio na liberação do cadáver à família, elaboração de documentos relativos ao óbito e entrega dos objetos pessoais da vítima.

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