Acusado de um golpe financeiro de mais de R$ 1 bilhão, Márcio Ramos, proprietário da empresa VR Investimento Patrimonial, morreu de forma repentina em um acidente de moto – e as vítimas expressam desconfiança.
Cerca de 2.400 pessoas, incluindo empresários de diversos estados, investiram na promessa de rendimentos mensais de 3% ao mês, que agora parece ter sido uma fraude.
A empresa prometia retornos elevados em investimentos para a aquisição de apartamentos na região de Florianópolis, prometendo rendimento de 3,3% ao mês.
Os investidores aplicaram quantia que iam de R$ 10 mil até valores próximos a R$ 1 milhão mensais.
Ramos morreu em um acidente de moto no dia 16 de maio. O acidente teria ocorrido às 10h30 da manhã – a família informou que ele já teria sido cremado às 16h do mesmo dia.
O advogado Dr. Célio Nery, de Itapema, representa um grupo de vítimas; segundo ele VR oferecia aos cotistas a opção de sacar os rendimentos mensalmente. Contudo, no início de 2024, os pagamentos cessaram, e os investidores não conseguiram mais acessar seus valores.
O Ministério Público de Santa Catarina acompanha o caso, e a Polícia Civil investiga suspeitas de transferências fraudulentas de imóveis. Há relatos de que diversos imóveis adquiridos pela VR foram transferidos para terceiros de forma suspeita.
A VR possui dois empreendimentos que serão usados para quitar as dívidas com os credores. Um dos empreendimentos está localizado em Bombinhas, com 70% das obras concluídas, e o outro é um hotel em construção em Santo Amaro da Imperatriz. Juntos, esses projetos têm um Valor Geral de Venda (VGV) estimado em R$ 900 milhões.
A Polícia Civil informou que todos os Boletins de Ocorrência registrados contra a VR foram encaminhados ao Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC), que agora está à frente das investigações.
