Morte de bebê de 10 meses é investigada pela Polícia Civil em Jaraguá do Sul

Por: OCP News Jaraguá do Sul

06/05/2016 - 17:05 - Atualizada em: 06/05/2016 - 17:15

Mãe e padrasto foram encaminhados à delegacia, mas liberados em seguida por não haver nenhuma prova de maus tratos.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte de um menino de dez meses, que morreu na noite da última quinta-feira após sofrer paradas cardíacas emJaraguá do Sul. De acordo com a Polícia Militar, havia suspeitas de que o padrasto, de 30 anos, poderia ter espancado a criança.

Segundo a delegada Milena de Fátima Rosa, responsável pela investigação, a mãe, de 21 anos, e o padrasto foram encaminhados à delegacia para serem ouvidos, mas liberados em seguida por não haver nenhuma prova de maus tratos.

Na versão do casal, a mãe estava no banho e o padrasto na cozinha, com o filho de nove anos e a enteada de quatro anos. O menino de dez meses ficou no quarto, deitado na cama de casal. O homem ouviu um grito e, quando chegou ao cômodo, viu a criança deitada de bruços, ao lado da cama, sobre um colchão, que era deixado no local para amortecer uma possível queda.

De acordo com eles, o menino estava com secreções saindo da boca. A mãe e o padrasto saíram da casa pedindo ajuda para os vizinhos. Uma enfermeira que mora próximo ajudou no primeiro atendimento até a chegada do Samu, que permaneceu cerca de uma hora no local para reanimar a criança.

Segundo a Polícia Militar, a testemunha que acionou a PM informou que teria visto o padrasto jogar a criança no chão durante uma discussão com a mãe. Uma vizinha contou à reportagem que estava em casa durante a noite e não ouviu nenhum sinal de briga, apenas os pedidos de ajuda para reanimar o menino. O casal se mudou para a quitinete no último domingo e não tinha contato com os moradores da rua.

A delegada afirmou que o médico pediatra do Hospital e Maternidade Jaraguá, que realizou o atendimento, fez exames na cabeça e no tórax da criança, já que o padrasto e a mãe alegaram que havia ocorrido a queda da cama. Os resultados não apresentam sinal de fratura e não há nenhum sinal de asfixia, razões pelas quais não foi lavrado o auto de prisão em flagrante – explica.

O corpo do menino está no Instituto Médico Legal (IML) para realizar a autópsia. A causa da morte ainda não foi confirmada. A delegada agora aguarda o laudo do IML, que deve sair em até cinco dias. Ela tem até 30 dias para concluir o inquérito.

Fonte: A Notícia