Ministério Público move ação contra delegado suspeito de usar agente policial como motorista particular em Itapoá

O Ministério Público de Santa Catarina bloqueou R$ 61 mil e moveu uma ação judicial pública contra um delegado da comarca de Itapoá. O motivo se deu pelo delegado aproveitar recursos fornecidos pelo Estado para benefício próprio.

Segundo o MP, o delegado utilizava viaturas para viagens pessoais e servidores públicos como motoristas particulares, além de não comparecer às Delegacias quando solicitado, e em situações que era responsável também pela comarca de Garuva.

A polícia civil descobriu pelos depoimentos de servidores da delegacia que, pelo menos desde dezembro de 2016, o delegado utilizava uma viatura, dirigida por um agente policial como seu motorista particular, para viagens de sua casa, que fica em São Francisco do Sul, e a delegacia, em Itapoá.

 

 

O MP destaca que, em casos do delegado morar em outra cidade que a de sua comarca, os custos arcados sairiam do próprio bolso. A viagem entre uma cidade a outra é de cerca de 70km.

Foi também constatado nos seis meses de apuração que o delegado cumpria duas horas a menos do que assinava em sua jornada de trabalho, sempre chegando mais tarde e saindo mais cedo.

O cálculo dos prejuízos pagos pelo estado, juntando os gastos com gasolina e tempo perdidos pelos servidores no caminho do trajeto, chegou a R$ 15 mil.

O Ministério Público considera o caso como ato de improbidade administrativa, que pode levar ao ressarcimento integral do prejuízo, somado a uma multa de até três vezes o valor dos benefícios que usufruiu.

Os Promotores da Justiça, no caso, também pedem pagamento de R$ 30 mil pelos danos morais coletivos, tendo em vista os abalos que as condutas do delegado causaram à imagem da Polícia Civil.

 

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