“Ministério Etrom”: Moradora de rua é investigada por stalking no Distrito Federal

Reprodução/Redes Sociais

Por: Pedro Leal

30/04/2024 - 17:04 - Atualizada em: 30/04/2024 - 17:21

Conhecida como “a menina do Ministério Etrom”, Lusimar Agostinho da Silva é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal após fazer ameaças à primeira-dama do DF, Mayara Noronha.

O nome do suposto ministério, Etrom, é “Morte” ao contrário.

As informações são do portal Metrópoles.

Moradora de rua, Lusimar tem vários perfis em redes sociais e mais de 30 mil seguidores; a fama na internet vem de uma série de incidentes de ameaças contra pessoas que ela chama de “saymonistas”.

As ameaças contra Mayara Noronha, registradas em um vídeo gravado pela própria Lusimar em 22 de março, se devem à primeira-dama por “não ter deixado ela (Lusimar) seguí-la no Instagram”.

No vídeo, Lusimar registrou o recado ameaçador. “Eu, a Menina, estou aqui no Palácio do Buriti devido ao fato de a mulher de Ibaneis Rocha não me deixar a seguir no Instagram. Eu e a minha equipe vamos castigar, com castigos mais intensos, a Mayara Noronha até 24 de abril de 2024”, disse.

Poucos dias após o vídeo ser postado nas redes sociais, investigadores da DRCC começaram a apurar o caso e abordaram a moradora de rua, que estava circulando perto de um parque.

Ela foi conduzida à delegacia, ouvida em termo de declaração e liberada depois de assinar termo de comparecimento à Justiça.

O celular da mulher foi apreendido e levado para perícia. De acordo com fontes ouvidas pela coluna, a investigada responderá por stalking contra a primeira-dama.

Lusimar tinha o hábito de gravar vídeos em vários pontos da Área Central e do Plano Piloto; nos vídeos, fazia ameaças contra pessoas públicas, como atrizes, atores e cantores de sucesso.

Figuras políticas, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), também já foram alvo de Lusimar, que supostamente apresenta sintomas de esquizofrenia. Outro alvo da moradora de rua foi o apresentador Luciano Huck: segundo ela, o apresentador e a esposa Ksyvickis Huck, queriam sequestrá-la para que gestasse seus filhos.

Com uma série de perfis espalhados por várias plataformas digitais, a moradora de rua costumava pedir dinheiro via Pix, para compras diversas.

Em cada uma das páginas, Lusimar deixava em destaque o número do CPF para que os seguidores fizessem doações.

Na maioria das vezes, a moradora de rua pedia dinheiro para comprar roupas e alimentos.

Desde que foi conduzida para a delegacia, no fim de março deste ano, a mulher não postou mais vídeos em nenhum dos perfis.

 

Notícias no celular

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).