Ministério da Agricultura afasta servidores envolvidos em operações da PF

Foto: EBC/Divulgação

Por: OCP News Jaraguá do Sul

17/05/2017 - 11:05 - Atualizada em: 17/05/2017 - 11:50

Foto: EBC/Divulgação

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse por meio das redes sociais que os funcionários da pasta envolvidos na Operação Fugu, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (16), “serão afastados imediatamente das funções e serão alvo de uma auditoria que poderá terminar com a exoneração dos cargos públicos”. A operação investiga crimes de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e empresas em Santa Catarina.

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“Já sabíamos que outros casos viriam à tona, uma vez que, após a Operação Carne Fraca, aumentamos o rigor nas apurações internas, fornecendo inclusive material de apoio à PF e ao MP. Temos total interesse em extirpar do corpo de funcionários do Mapa os servidores que mancham a imagem do órgão, não honram o compromisso de trabalhar pelo bem público e servir à sociedade”, afirmou Maggi, que está em missão oficial na Arábia Saudita.

Por meio de nota, o ministro em exercício, Eumar Novacki, ressaltou que todos os servidores envolvidos foram afastados preventivamente por 60 dias e, os que possuem cargos em comissão, exonerados das funções. Novak disse ainda que todo o trabalho técnico, durante os nove meses de investigação, foi realizado com a participação de técnicos do Mapa, inclusive com a análise de amostras efetuadas no Lanagro (laboratório do ministério) no Pará.

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Operação Fugu

Envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, a Operação Fugu revelou um esquema de proteção ilícita de empresas do ramo alimentício, e a perseguição a servidores com atuação na área de fiscalização mediante instauração de procedimentos disciplinares e remoções infundadas.

Segundo a PF, a investigação se aprofundou no setor de pescados da região do Vale do Itajaí. Os policiais encontraram documentos indicativos de proteção ilícita de duas grandes empresas contra a implantação de medidas cautelares determinadas pelo Mapa. Foi verificado que estas e outras empresas introduziram no mercado pescados adulterados quimicamente e importados da China.

A suspeita da Polícia Federal é de que as importações dos pescados eram desviadas por entrepostos frigoríficos de Itajaí não relacionados à área de pescados. Sem uma nova inspeção e com conivência de servidor público, os produtos entravam mais facilmente no país.