Um mexicano que vive em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, se tornou alvo da Operação Second Place, deflagrada pela Polícia Federal na última semana. Ele chegou a ser procurado pelos policiais, mas não foi localizado.
A operação tem como objetivo combater crimes financeiros aplicados em diversos estados do país. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. A PF também solicitou o bloqueio de bens de nove pessoas físicas e de seis pessoas jurídicas.
Além de Rio do Sul, foram cumpridos mandados em cidades de São Paulo, Pernambuco e Bahia.
O investigado
Conforme a PF, o mexicano é o principal alvo da operação. Membro de uma associação criminosa, ele se passa por um representante da empresa de carros de luxo Lamborghini.
O investigado chegou, inclusive, a realizar uma reunião com o Governo do Estado para viabilizar a instalação de uma fábrica da Lamborghini em Santa Catarina. Em 2021, porém, a marca negou qualquer envolvimento com o mexicano.
Além de vender produtos da marca de carros, ele também participou do projeto de criação de uma criptomoeda relacionada à empresa e se associou a criminosos de outros estados envolvidos em pirâmides financeiras e movimentações de capital sem autorização do Banco Central (Bacen) ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Ele é investigado por associação criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, estelionato, fraude com utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros, e evasão de divisas.
Em junho de 2020, ele foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos por falsificação de contrato e assinatura falsa, tendo sido condenado a pagar US$ 6 milhões (de dólares).