Menino Hector morreu de traumatismo craniano em Jaraguá, segundo médico legista

Por: OCP News Jaraguá do Sul

29/05/2016 - 14:05

Exames comprovaram a síndrome da criança sacudida, afirmou a delegada.

A Polícia Civil prendeu preventivamente na manhã de sábado (28) um homem de cerca de 30 anos, suspeito de matar o enteado em 6 maio, um  bebê de 10 meses em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. Conforme a delegada Milena de Fátima Rosa, o médico legista informou em depoimento que o menino foi vítima de traumatismo craniano.

Segundo Milena, o perito considerou que o bebê sofreu violência não apenas no momento da morte, mas em situações anteriores. Vários vizinhos testemunharam à polícia que a criança chorava muito durante a noite e uma testemunha afirmou ter presenciado o padrasto sacudindo o bebê na tarde do dia em que ele morreu.

Violência anterior à morte
“Os exames comprovaram a síndrome da criança sacudida. Então, ele foi sacudido várias vezes, o que levou a este traumatismo craniano. Uma testemunha falou que na tarde do dia em que a criança morreu viu o padrasto sacudi-la  para que parasse de chorar. Então, a gente entendeu que ele é suspeito de praticar homicídio contra o bebê”, afirmou a delegada.

O padrasto foi conduzido ao Presídio Regional de Jaraguá do Sul onde permanece à disposição da Justiça.

Tentativa de socorro
Conforme a Polícia Civil, o bebê teve uma parada cardiorrespiratória em 6 de maio e um dos médicos que atendeu a criança contou à delegada que o bebê passou por duas reanimações. Uma por cerca de uma hora de atendimento, ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e outra de cerca de meia hora no Hospital.

“Ela teve a segunda parada cardíaca enquanto passava por um procedimento de raio-X. Os pais falaram que ela teria caído, mas não havia fraturas. Ela foi encaminhada às pressas para a UTI, mas não resistiu por muito mais tempo”, conta a delegada.

Outras pessoas ouvidas
De acordo com a delegada, foram ouvidas a irmã do garoto, de 4 anos, e o filho do padrasto, de 9 anos, que estavam na casa da família quando o bebê morreu, além de outras duas testemunhas e a conselheira tutelar.

O teor dos depoimentos permanecerá em sigilo, informou a delegada. Entretanto, ela disse que o Conselho Tutelar não havia recebido denúncias anteriormente contra o casal que cuidava do bebê.

O caso
Padrasto e a mãe da criança informaram à Polícia Militar que o menino caiu de uma cama de cerca de 1 metro de altura. Eles chegaram a ser detidos, mas foram liberados na manhã do dia 6 de maio, informou a Polícia Civil à RBS TV.

“Uma pessoa garantiu à Polícia Militar que viu o padrasto dando um empurrão muito forte no bebê. Além disso, vamos ouvir uma vizinha que chamou a PM, ao ver o Samu se aproximar da casa da família, e que suspeita de maus-tratos. Temos que ouvir as pessoas e investigar, ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa”, ponderou a delegada.

Fonte: G1 SC

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Publicação da Rede OCP de Comunicação