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Menina foi queimada ainda viva após ser esfaqueada pelo próprio pai em Criciúma, aponta IGP

Por: OCP News Criciúma

18/08/2021 - 19:08 - Atualizada em: 20/08/2021 - 18:38

O exame cadavérico da adolescente Alexia Zuchinali, de 13 anos, assassinada pelo próprio pai na noite de sexta-feira, no bairro Meller, em Criciúma, já está nas mãos da Polícia Civil para embasar o inquérito policial. O documento já foi remetido ao Fórum.

O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que a morte foi decorrente dos ferimentos por arma branca e inalação de fumaça, mas que ela ainda estava viva quando foi asfixiada pelo incêndio.

Pelos indícios da cena do crime e localização do corpo, tudo indica que a adolescente tenha segurado o pai para que os irmãos deixassem a casa em chamas e também não fossem esfaqueados.

A mãe dela já havia feito um breve desabafo em suas redes sociais.

“Você me deixou filha, por um monstro que dizia ser pai. Um bicho animal que tirou sua vida, nega. To desesperada, sem palavras, coração partido. A saudade tá me matando por não ver mais você sorrindo, brincando. Que Deus te dê um novo lugar no céu”, escreveu.

Ela não estava em casa no momento do crime e já tinha sido vítima do então companheiro, com quem tem mais cinco filhos, com idades entre 5 e 12 anos.

“Querem saber, povo metido, antes de sair de casa e deixar as crianças, com minha mãe responsável … Eu não fui embora com ninguém e sim me abrigar em uma casa, até a polícia pegar ele. Onde eu estava, não tinha como levar eles, que estavam com minha mãe, sob cuidados. Eu corria risco de vida, então foi pedido que saísse de casa, por policial, por minha segurança (sic). Não tinha homem nenhum comigo, nem cabeça para isso não tinha. Mas tenho diversas queixas dele, mas não pegava (sic). Nunca ia imaginar isso, mas quero que saiba, que todos ficam ciente disso, porque já tão falando merda (sic)”, escreveu em resposta às críticas de o porquê não estar com os filhos.

Alex Zuchinali, de 39 anos, é um velho conhecido da polícia. Ele soma 44 passagens policiais, segundo a Polícia Militar, e estava em liberdade desde 2019, após ser solto de um flagrante em audiência de custódia.

Dentre os crimes, dirigir embriagado, resistência, desobediência, ameaça, dano ao patrimônio público, lesão corporal, falsificação de selo público, desacato, tentativa de homicídio e violência doméstica (Maria da Penha).

O crime

O crime, registrado na noite de sexta-feira, na rua Everson Ramos Jesuíno, chocou a região.

Armado com uma faca, ele esfaqueou os dois filhos – um menino de 7 anos e Alexia -, e depois, ateou fogo no local. A menina não resistiu.

O imóvel, uma edícula aos fundos e um veículo Nissan Sentra que estava na garagem, foram atingidos pelas chamas.

A menina teria tentado defender o irmão, sendo atingida e vindo a óbito no local. O corpo dela foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na cozinha, em meio aos escombros. O menino foi atingido na região do joelho e liberado no local pelos bombeiros, ficando aos cuidados de uma tia. As outras quatro crianças que estavam na casa conseguiram sair sem ferimentos.

Transtornado, ele foi preso pela PM no início da manhã de sábado ao tentar voltar para casa onde incendiou.

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