O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) cassou o registro de Jairo de Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho.
A decisão foi unânime na plenária do julgamento que ocorreu nesta quarta-feira (15), na sede do conselho.
Por ter caráter definitivo, a penalidade impede que Jairinho exerça a profissão no país.
Ele é acusado pela morte do enteado Henry Borel, de 4 anos de idade, que aconteceu no dia 8 de março de 2021.
A mãe do menino, Monique Medeiros de Almeida, que era companheira de Jairinho, também responde pelo crime de homicídio.
Henry foi morto no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto na zona oeste do Rio de Janeiro.
O laudo da necrópsia do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que o menino teve hemorragia interna por laceração hepática em decorrência de uma ação contundente.
Os exames apontaram 23 lesões no corpo da criança.
Jairinho já havia tido o mandato de vereador cassado em junho de 2021 em sessão plenária da Câmara do Rio de Janeiro.
Foi a primeira vez que isso aconteceu com um vereador na cidade.
Na ocasião, ele também perdeu os direitos políticos pelos próximos oito anos.
Em janeiro desse ano, a Justiça do Rio de Janeiro negou mais um pedido de habeas corpus do ex-vereador.
A defesa de Jairinho alegava que a prisão preventiva dele, que aconteceu em 8 de abril de 2021, tinha sido mantida de forma ilegal e que não tinha fundamentação idônea.
Monique Medeiros responde em liberdade pelo crime.
A prisão preventiva dela foi revogada em agosto do ano passado.
Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por homicídio triplamente qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
Eles vão a júri popular, mas a data do julgamento ainda não foi marcada.
*Com informações da Agência Brasil.