‘Marmitagate’: suspeitas são ouvidas pela polícia e encerram projeto

Reprodução/Redes sociais

Por: Pedro Leal

06/10/2022 - 09:10 - Atualizada em: 06/10/2022 - 09:33

A Polícia Civil confirmou que ouviu duas pessoas da mesma família investigadas como responsáveis pelo projeto Alimentando Necessidades, alvo de investigação por suspeita de estelionato. De acordo com os depoimentos, o projeto recebeu pelo menos R$ 30 mil reais no último mês proveniente de doações.

As informações são do Portal G1.

As investigadas apresentaram às autoridades comprovantes de compra e notas fiscais de alimentos e insumos para confecção das refeições, segundo Orsi, além de extratos bancários de valores recebidos através de doações.

“Esses valores ainda vamos checar, vai apurar melhor nos próximos dias. Uma das pessoas ouvidas informou que no último mês entrou aproximadamente R$ 30 mil em doações”, disse o delegado.

A polícia acredita que pelo menos 100 pessoas que doaram valores vão registrar boletim de ocorrência contra o projeto.

O delegado Felipe Orsi, responsável pelo caso, não revelou os nomes em cumprimento a lei de abuso de autoridade. Mas, nas redes sociais, Eduarda Poleza, que se diz coordenadora do projeto, confirmou que foi à delegacia.

Ainda, conforme o delegado, foram conversas bem longas entre a polícia e as duas, e todas as informações por elas repassadas serão checadas, “no intuito de averiguar se existe fraude”.

O delegado também informou que ao menos oito pessoas que registraram boletim de ocorrência contra o projeto na região de Blumenau começaram a ser chamadas para prestar depoimento.

Na conta pessoal que tem no TikTok, Eduarda Poleza se manifestou na terça, confirmando que esteve na delegacia. Disse que está aliviada por ter entregue “provas” à investigação, e que encerrou oficialmente o projeto Alimentando Necessidades.

“Desde que tudo começou é o dia que estou me sentindo mais em paz. Mas como nem tudo são flores, estou encerrando o projeto”, declarou.

Um dos motivos para terminar com a causa, justifica ela, é que as contas que usava para financiar as ações estão bloqueadas – informação negada pela justiça.

“Tudo que sobrou ainda está na conta. Assim que a Justiça me orientar e a conta for desbloqueada, o dinheiro terá algum destino que será publicado por aqui. Agi com muito amadorismo. Eu nunca imaginei que o projeto iria tomar uma proporção tão grande”, afirmou.

Questionado sobre o pedido de bloqueio de contas, o delegado disse que não solicitou à Justiça e que irá averiguar, durante as investigações, se a informação é verdadeira.

Declarou, também, que além da polícia, quem pode solicitar a restrição de movimentações, caso tenha ocorrido, é a responsável pela conta.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).