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Maio Laranja: Audiência pública discute violência sexual contra crianças e adolescentes em Criciúma

Foto: Agência Brasil/Arquivo

Por: OCP News Criciúma

02/04/2021 - 11:04 - Atualizada em: 02/04/2021 - 11:39

A Câmara de Vereadores de Criciúma promoveu ontem, a terceira audiência pública virtual do ano. Com a participação de representantes de órgãos de proteção, foi debatida a inclusão do “Maio Laranja”, um mês de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no Calendário Oficial do Município de Eventos e Datas Comemorativas.

O “Maio Laranja” tem como objetivo promover debates e atividades para conscientização, prevenção, orientação e combate ao abuso e exploração sexual infantil e juvenil. O tema foi levantado a partir do requerimento do Pastor Jair Alexandre (PL), vereador que conduziu a audiência.

A representante do Conselho Municipal de Saúde e coordenadora do Nuprevips, Ana Losso, falou sobre os casos de violência sexual registrados.

“Muitas pessoas não denunciam, não registram este fato. Falar sobre isso é de extrema importância para alertar as pessoas. É através da denúncia que vamos conseguir mensurar o tamanho deste problema e ter mecanismos para instituir políticas públicas que venham para combater e trabalhar a prevenção”, pontua.

Durante a audiência, a representante das escolas particulares, Maria Cristina Corrêa Pizzollo, fez um relato pessoal de abuso sexual durante a sua infância, e ressaltou a importância de discutir o assunto.

“Um dia só não dá conta de tudo que nós precisamos fazer para alertar e chamar a atenção de toda sociedade. Eu digo que é colocar um holofote contra essa situação, pois só nos damos conta quando um caso grita pela mídia, ou se alguém nos conta”.

A conselheira tutelar, Vanderléia Paes de Farias Alexandre, falou sobre o desgaste que estes jovens passam.

“Sempre que existe a violência, o Estatuto garante para a criança que o agressor saia da casa. Tudo isso é feito em parceria com a DPCAMI e o juiz da infância. A criança acaba sendo revitimizada. Quando acontece a violação, ela tem que ir no hospital, delegacia, tem que ir em vários locais. Nosso sonho é que se crie um centro onde seja feito tudo apenas num local, para que não haja esse desgaste com a criança, família”, destacou.

Também participaram da audiência pública, de forma virtual, a conselheira tutelar, Maria Rosimeri Monteiro; a psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), Lílian Motta Gomes; a representante da Secretária de Educação, Patricia Vedana Marques; representante da presidência da Alesc, Kariny Bonatto dos Santos.

Ao final da audiência, foram dados os seguintes encaminhamentos:

  • Inclusão do Maio Laranja no Calendário Oficial do Município de Eventos e Datas Comemorativas
  • Possibilidade de elaboração de projetos de lei e requerimentos.

Disque 100 para denunciar de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.

 

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