A mãe da recém-nascida de 27 dias estuprada até a morte pelo pai em Araruama, no Rio de Janeiro, está em “brusco abalo emocional”.
A informação foi dada pela advogada Letícia Delmindo ao portal RC24h. Ela está advogando para Emanuelle Souza, que segue sendo amparada psicologicamente.
Emanuelle e Jhoão Paulo da Silva, de 23 anos, estavam casados oficialmente há pouco mais de um ano, mas conviviam há mais de cinco anos juntos.
“As famílias se conheciam, eram todos muito próximos. Nunca observaram nenhum tipo de comportamento que pudesse levar a crer em uma atrocidade dessas”, conta a advogada.
Letícia relembra a felicidade de Emanuelle e de toda a família com o nascimento de Luz de Souza Reis, no dia 14 de janeiro deste ano, no Hospital Missão, em São Pedro da Aldeia: “ela planejou tudo, comprou todo o enxoval, sempre mandava fotos e vídeos da filha para a família”.
No dia do crime, Emanuelle, que teve o parto por cesárea, estava bastante cansada e em casa, já que está de resguardo.
Durante a noite, ela deu banho na Luz e a colocou para dormir. Na madrugada, ela levantou e amamentou a menina. Logo depois, o pai pegou a bebê e a mãe voltou a dormir.
Na manhã seguinte, ao acordar, Emanuelle foi até o carrinho pegar a filha e notou que a bebê estava gelada.
“Ela entrou em desespero e os sogros foram chamados e levaram a criança para o hospital. Emanuelle estava em estado de choque”, relata Letícia. “A mãe está a ponto de colapsar. Ela está muito emotiva, abalada. Chora, chama pela bebê. É desesperador”, completa.
As investigações tiveram início logo depois que a equipe da 118ª Delegacia de Polícia (118ª DP) tomou ciência da morte da criança.
“Nos mobilizamos para tentar desvendar o que ocasionou a morte. Solicitamos que o corpo fosse levado para o Instituto Médico Legal exames fossem feitos”, diz o delegado titular da distrital, Renato Mascarenhas.
Na manhã de sábado (11), a Polícia Civil recebeu o relatório de que Luz estava com uma grande lesão na parte genital.
“Mediante a isso, eu e a delegada de plantão, Tatiane Silva Ribeiro, trabalhamos em cima do caso para, e mediante a várias provas, expedir um mandado de prisão contra o criminoso, que é o pai da bebê de apenas 27 dias”, informou Renato.
Conforme o laudo do IML, a morte foi causada “em função de uma penetração ocorrida nas partes íntimas, o que causou grande laceração no ‘frágil corpo’”.
Jhoão foi preso no início da tarde do sábado durante o enterro da filha, que acontecia no Cemitério Santa Izabel, em Cabo Frio.
Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão pelo crime de estupro de vulnerável com resultado de morte.
Na delegacia, o acusado depôs que durante o período de repouso noturno, a filha teria se sentido mal e ele teria ido acalmá-la. Porém, na manhã da última sexta-feira, a recém-nascida teria sido encontrada morta.
Jhoão foi levado para o presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, onde já passou por uma audiência de custódia e permaneceu preso.
“Foi identificado indícios que apontam que ele possa ser o responsável pelo óbito da criança, mas ainda segue em investigação. Enquanto isso, ele segue preso”, explica a advogada de Emanuelle.
“O caso é de crime hediondo. Estupro de vulnerável com resultado morte. A pena, de acordo com o Código Penal, é de 12 a 30 anos”, finaliza Delmindo.
*Com informações do portal RC24h.
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