Laudo de exumação do corpo de Andreia Araújo deve ser entregue em 20 dias

Foto: Fábio Junkes/OCP

Por: Claudio Costa

09/11/2018 - 08:11

O Instituto Geral de Perícias (IGP) exumou, na manhã desta quinta-feira (8), o corpo de Andreia Araújo, vítima de feminicídio ocorrido em Jaraguá do Sul no início do mês de agosto. O trabalho realizado pelos peritos criminais começou por volta das 9 horas e foi realizado no Cemitério Municipal de Guaramirim.

O procedimento busca confirmar se Andreia estava ou não grávida de Marcelo Kroin, 38 anos, assassino confesso da mulher de 28 anos.

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O corpo foi retirado da sepultura e, logo em seguida, o útero de Andreia foi recolhido pelos peritos. De acordo com o IGP, o laudo que vai informar se a vítima do homicídio estava grávida ou não foi pedido com regime de urgência e deve ficar pronto em aproximadamente 20 dias.

O delegado que presidiu o inquérito, Alberto Cilião Crippa, e representantes do Ministério Público de Santa Catarina acompanharam a exumação.

Andreia foi morta pelo companheiro, Marcelo Kroin. | Foto Reprodução/Redes Sociais

Como a juíza da 1ª Vara Criminal de Jaraguá do Sul, Anna Finke Suszek, decretou segredo de Justiça para o caso, ninguém pode comentar sobre o procedimento. A exumação foi pedida pelo promotor da 4ª Promotoria de Justiça, Marcio André Zattar Cota, após o exame de gravidez feito pelo laboratório do IGP em Florianópolis. A confirmação da gestação é importante para a acusação.

De acordo com a qualificação de feminicídio, regulamentada pela Lei 13.104/2015, a pena pode ser aumentada de um terço até a metade caso a vítima esteja grávida a partir de três meses ou tenha dado à luz a uma criança em até seis meses.

Segundo a peça de acusação feita pela 4ª Promotoria de Justiça, o homicídio deve também ter outras duas qualificadoras: usar recurso que impossibilitou a defesa da vítima e também pelo uso da asfixia.

Kroin também vai responder pelos crimes de tentativa de ocultação de cadáver. Segundo a acusação, o assassino confesso levou o corpo de Andreia enrolado em um cobertor até Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, mas mudou de ideia, voltou para a residência e foi preso pela Polícia Militar.

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