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Lanchas de criminosos são apreendidas durante operação em Balneário Camboriú

Foto: Polícia Civi de Minas Gerais/Divulgação

Por: Luana Maia

24/07/2024 - 16:07 - Atualizada em: 24/07/2024 - 16:53

A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu mais 21 veículos de luxo e duas lanchas.

Uma das embarcações foi localizada em uma marina em Balneário Camboriú.

A apreensão é resultado da segunda fase da Operação Blot, que investiga um grupo criminoso atuante em âmbito nacional, com foco em lideranças nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso.

Além disso, a Polícia Civil prendeu em Curitiba, no último dia 15, um homem apontado como um dos principais responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro por meio da criação de empresas.

O grupo é investigado por crimes como formação de organização criminosa, lavagem de capitais, tráfico interestadual de drogas, roubos, falsificação de documento público, violação de sigilo funcional, entre outros.

Após a análise do material arrecadado na primeira etapa da operação Blot, foram realizadas novas medidas que motivaram o Poder Judiciário de Belo Horizonte a conceder a apreensão dos veículos.

Foram determinados o sequestro judicial de 24 imóveis e o bloqueio de 62 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.

O objetivo da polícia é atingir o poder e a mobilidade financeira desse grupo. Assim, reduzindo sua capacidade de influência e impedindo a retroalimentação.

A organização criminosa alvo da investigação já contabiliza um prejuízo de R$ 623 milhões com as ações de combate articuladas pela Polícia Civil.

Primeira fase

No dia 19 de março deste ano, a Polícia Civil desencadeou a primeira fase da operação Blot, tendo como alvo as lideranças da organização criminosa e as pessoas que auxiliavam o grupo no processo de lavagem de capitais e crimes financeiros.

Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de prisão e uma prisão em flagrante por uso de documento falso.

Além disso, os policiais executaram 30 mandados de busca e apreensão, sendo arrecadados dez automóveis de luxo, espelhos de documentos, arma de fogo, bloqueadores de sinais, entre outros objetos.

Isso resultou no bloqueio de mais de R$ 100 milhões.

Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, bem como nas cidades de Capitólio, Piumhi, Pimenta, Francisco Sá e Cuiabá, no Mato Grosso.

Investigações

Segundo a Polícia Civil, pessoas ligadas ao grupo criminoso teriam lavado milhões de reais em benefício de integrantes da organização.

Esses integrantes utilizavam empresas de fachada, como distribuidoras de bebidas, postos de combustível, empresas de cobrança, além de automóveis, imóveis e um sistema conhecido por “contas de trânsito”.

Durante levantamentos, a Polícia Civil realizou um mapeamento das apreensões de fuzis na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que coincide com os locais de domínio dos integrantes da facção criminosa.

Diversas cargas de drogas entre cocaína, maconha e haxixe foram identificadas e, aparentemente, estão associadas à organização criminosa.

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Luana Maia

Acadêmica de jornalismo e estagiária do OCP News