O juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que se viu no centro de uma polêmica após sua decisão no caso Mari Ferrer, agora enfrenta um novo capítulo. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitou que o magistrado preste esclarecimentos em um prazo de 15 dias, em resposta a um pedido feito pela União Brasileira de Mulheres.
O motivo dessa convocação está relacionado à abertura de aproximadamente 160 processos por parte do juiz contra personalidades e figuras públicas que utilizaram a hashtag #estuproculposo em meio ao caso Mari Ferrer. Este caso envolve uma suposta “promoter” que teria sido vítima de estupro em um beach club em Jurerê Internacional, com a acusada sendo posteriormente absolvida.
Rudson Marcos, que alegadamente sofreu ameaças e teve sua vida pessoal e familiar afetada pela repercussão do caso, decidiu agir contra o movimento, principalmente por figuras públicas que aderiram à tese do estupro. Entre os alvos das ações movidas pelo juiz estão nomes como Angélica, Ana Hickmann, Felipe Neto, Ivete Sangalo, Marcos Mion, Patrícia Pillar e Tatá Werneck.
A decisão do CNJ de convocar o juiz Rudson para esclarecimentos é vista como um desdobramento importante nessa controvérsia. A União Brasileira de Mulheres alega um suposto assédio judicial por parte do magistrado e solicita uma investigação mais aprofundada sobre o caso.
Enquanto isso, a sociedade acompanha de perto os desdobramentos dessa situação, que coloca em debate não apenas a conduta do juiz, mas também questões sensíveis relacionadas à violência contra a mulher e ao papel das redes sociais na disseminação de informações e opiniões sobre casos judiciais delicados como este.