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Jovem sem filhos é preso por não pagar pensão alimentícia

Foto: Reprodução/TV Globo

Por: Priscila Horvat

04/02/2025 - 18:02 - Atualizada em: 04/02/2025 - 18:42

Um caso inusitado envolvendo um inocente preso deixou as redes sociais em choque.

Gustavo Rodrigo Ferreira Lopes, de 20 anos, foi detido por engano por 24 horas em Taguatinga, no Distrito Federal, após um mandado de prisão relacionado ao não pagamento de pensão alimentícia.

A prisão não seria nada de extraordinário, se não fosse por um pequeno detalhe: Gustavo não tem filhos.

A prisão ocorreu devido a um erro processual que remonta a 2017, quando Gustavo tinha apenas 12 anos.

De acordo com a Defensoria Pública do Distrito Federal, o processo que originou a prisão de Gustavo começou em São Paulo, mas não se referia a atraso de pensão alimentícia e, além disso, o nome do jovem não constava no documento.

O mandado de prisão foi expedido em Minas Gerais, pela Vara de Execução Penal de Igarapé, que posteriormente reconheceu o erro e afirmou que o jovem não deveria ter sido detido.

Gustavo, que nunca havia estado nem em São Paulo nem em Minas Gerais, foi preso em sua residência, em Taguatinga.

Em uma entrevista, ele contou que tentou argumentar com os policiais, explicando que não tinha filhos e, portanto, não havia motivo para sua prisão.

No entanto, a resposta que recebeu foi de que “não tinha o que fazer”. Segundo seu advogado, Marco da Silva Barbosa, Gustavo foi colocado em uma cela com pessoas acusadas de homicídio.

O erro foi identificado antes da audiência de custódia, durante uma entrevista com o juiz, a Defensoria Pública e o advogado de Gustavo.

Após ouvir as explicações, o juiz determinou a soltura do jovem e oficiou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar a possível fraude no caso.

Em sua entrevista, Gustavo expressou a frustração e o desconforto pela prisão injusta:

“É bem chato você não ter culpa de nada e ser levado, seus vizinhos todos vendo… Mas a pior parte mesmo foi o tempo que passa lá dentro que você não tem culpa, né? […] Foi bem horrível, e é uma coisa que eu não desejaria para ninguém”, desabafou.

O caso gerou repercussão e trouxe à tona a importância de uma revisão mais cuidadosa dos processos judiciais, para evitar que erros como esse afetem injustamente a vida de inocentes.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.