Jovem relata ter sofrido estupro perto de sua casa, em Pomerode

Foto Arquivo Pessoal

Por: Giulia Venutti

05/06/2019 - 13:06 - Atualizada em: 05/06/2019 - 14:01

Por volta das 23h do último domingo (2), a jovem Samantha Schubert, de 24 anos, relata ter sido vítima de estupro quando voltava para sua casa na rua dos Atiradores, no bairro Testo Central, em Pomerode.

Um homem ainda não identificado, alto e moreno, que vestia um casaco e calça escura, agarrou Samantha a cerca de 200 metros da residência de seus pais. No momento do ataque, a jovem teve suas roupas rasgadas e, posteriormente, sofreu o assédio.

Samantha utilizou as redes sociais para expor o caso. Confira o desabafo da jovem!

“Foto tirada ás 15:53 depois de concluir meu exame no IML!

Sim, eu fui estuprada, os detalhes não convêm, já fiz o meu melhor contando os detalhes que eu lembro à polícia. Ainda não caiu a minha ficha, estou em choque, eu nunca imaginei que eu, Samantha, passaria por isso.

Fui estuprada a cerca de 200 metros da minha casa, casa que meus pais moram há 11 anos, e eu e minhas irmãs sempre andamos sozinhas, sem ter medo algum!

Pomerode é paraíso pipipó! Não se coloquem em situação de risco meninas, por mais pacata que seja a cidade.

Cheguei no hospital de Pomerode lá pela uma da manhã. Cerca de uma hora e meia após o ocorrido (depois de deixar minha calcinha e meia calça rasgada com a polícia), eu apenas pude trocar de calcinha, a roupa que eu estava vestindo no ato, tive que ir vestindo.

Assim que cheguei, já me levaram pra uma sala privada, enfermeiras e um enfermeiro super prestativos já providenciaram todos os coquetéis. Mas mesmo com os ferimentos visíveis, a médica de plantão nem perguntou se eu estava com dor, mesmo com luvas ela mal encostou em mim! Como se eu tivesse exalando algum tipo de toxina (e era assim que eu tava me sentindo e AINDA ESTOU, tóxica e suja).

Logo depois a polícia me encaminhou para o Hospital Santo Antônio para que o médico legista fosse me examinar lá. Cheguei lá antes das quatro da manhã e fiquei até as oito horas sentada numa cadeira! Exatamente com a roupa suja e rasgada do ocorrido, todo mundo passava e me olhava, nunca me senti tão lixo, tão exposta a uma situação vexatória. Desisti do tal exame ali nesse hospital (depois, no IML, o médico se justificou com a demora, inclusive o Hospital Santo Antônio nem chamou ele no momento que eu cheguei).

Agora, depois de ter descansado um pouco, ainda em choque, estou entendendo por que muitas mulheres se calam diante de uma situação dessas! O descaso que tratam uma pessoa que acabou de sofrer um trauma!

Lembrando que o coquetel que é tomado depois é SUPER importante, assim como os exames recorrentes de DST (e isso MUITAS mulheres deixam de fazer).

Vocês costumam ver uma versão diferente de mim por aqui, mas essa é a minha versão hoje. Eu tive que escrever aqui, tive que desabafar! Algo que sempre gritei contra, aconteceu comigo. Eu estou em choque!

Quero deixar meu agradecimento à força policial de Pomerode! Que tem feito bravamente seu trabalho.”