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Jardineiro que trabalhava na casa de idosa assassinada brutalmente confessa o crime; saiba os detalhes

Foto: Arquivo Pessoal

Por: OCP News Criciúma

08/12/2023 - 14:12 - Atualizada em: 08/12/2023 - 15:36

A Polícia Civil de Criciúma, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Divisão de Investigação Criminal (DHPP/DIC), apresentou, em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira, detalhes sobre o assassinato brutal de Janete Casagrande Favaro, de 66 anos, registrado na tarde de ontem, no bairro Santa Catarina, área nobre da cidade.

Segundo o delegado João Westphal, um jardineiro, de 35 anos, que já prestava serviços à vítima de forma recorrente, confessou o crime relatando uma motivação da qual não convenceu a polícia e nem foi condizente com a dinâmica e a cena do crime.

Ele, que já tem histórico violento, incluindo com passagens policiais (posse de simulacro de arma de fogo, ameaças e delitos patrimoniais), justificou que a vítima, em certo momento, teria sido ríspida e o ameaçado com uma faca, que não foi encontrada no local.

Disse, ainda, que havia dado somente dois golpes na cabeça da idosa, o que também não condiz com a cena do crime. Conforme o delegado, ela foi encontrada bastante machucada na região da cabeça, demonstrando bastante violência.

“Foi frio, não mostrou remorso e nenhum arrependimento e ainda tentou justificar com uma versão totalmente incondizente. O que encontramos no local foi uma vítima covardemente assassinada”, acrescentou o delegado.

A versão de legítima defesa foi logo descartada. A arma utilizada no crime foi o cabo de uma picareta, da própria casa da vítima, e que foi deixada no local.

Localização do corpo

O corpo de Janete foi localizado por familiares naquele fim de tarde após a filha notar a ausência da mãe, que deixou um café para passar, não sendo mais encontrada.

A filha chegou a ver um vulto (alguém de camisa verde escuro que fugiu) e, assustada, trancou-se no segundo piso e acionou outros familiares, que, então, encontraram o corpo no corredor da edícula, que fica a uns 20 metros da casa. Em seguida, acionaram os órgãos de segurança.

A filha informou também que, apesar de não ter visto o jardineiro na casa naquele dia, escutou a mãe chamar por seu nome em alguns momentos. A polícia chegou a verificar no celular da vítima que ele havia sido contratado para o serviço de poda de árvore naquele dia.

Diligências

Durante as diligências, o carro dele foi flagrado por câmeras de segurança do sistema de segurança pública, deixando o bairro Santa Catarina, por volta das 17h20min, em direção ao bairro São Defende, onde foi preso, em casa, durante a madrugada, por volta de 1h.

Ele já vinha sendo monitorado horas antes, mas não foi encontrado no local. As roupas utilizadas no crime, incluindo a camisa do uniforme (verde escuro), foram lavadas e estendidas no varal, o que chamou ainda mais a atenção dos policiais, pois chovia bastante.

Assim que foi abordado, disse logo “que não tinha feito nada”, mas acabou confessando. A esposa se mostrou bastante abalada e relatou, formalmente, o comportamento estranho e inquieto dele dentro de casa e o fato de ter determinado que a filha lavasse toda a roupa naquele momento.

Inclusive, a companheira já havia sido vítima de violência relatando sofrer ameaças e sobre a personalidade explosiva do esposo.

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