Com a construção do novo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) em Jaraguá do Sul, a segurança pública da região vai ganhar reforço tecnológico. A estrutura será responsável por centralizar todas as câmeras de videomonitoramento dos cinco municípios atendidos pelo 14º Batalhão de Polícia Militar. A grande novidade é a implementação do sistema de reconhecimento facial, aliado a recursos de inteligência artificial, que promete aumentar a eficiência no combate à criminalidade.
Em entrevista ao OCP, a comandante da 12º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM), coronel Arlene Sousa da Silva Villela, destacou que a nova tecnologia está sendo viabilizada por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a Prefeitura de Jaraguá do Sul e a Polícia Militar. Atualmente, o município já conta com mais de 80 câmeras mantidas pela Prefeitura, número que deve crescer com a integração ao sistema estadual.
“A tecnologia foi adquirida pelo Governo do Estado e, junto com as câmeras já existentes, vamos conseguir fazer a análise dos dados por meio de uma base integrada do governo. Não basta ter as imagens, é preciso saber analisá-las com inteligência”, explicou a coronel.
O novo Copom também será responsável por coordenar câmeras de monitoramento de outros municípios da região. Segundo a comandante, isso permitirá o acompanhamento de situações de fuga entre cidades, como em casos de assaltos.
“Quem tentar assaltar em Jaraguá e fugir para outro município será acompanhado pelas câmeras interligadas”, afirmou.
Moradores de rua e foragidos
Além da atuação em ocorrências criminais, o sistema de reconhecimento facial também será utilizado em parceria com as secretarias de assistência social para o monitoramento de pessoas em situação de rua.
Com o cruzamento de dados já cadastrados, será possível identificar e acompanhar indivíduos em condições de vulnerabilidade, acionar serviços de saúde ou assistência em casos de necessidade e prevenir situações de abandono.
O sistema terá ainda a função de identificar foragidos da Justiça. “Qualquer pessoa com mandado de prisão em aberto poderá ser reconhecida e localizada imediatamente. A segurança desses dados será garantida pela Lei de Proteção de Dados, com acesso restrito às forças de segurança”, destacou Arlene.
Segundo ela, o projeto será totalmente operado por sistemas do Estado, sem qualquer ingerência de entes privados. “Os dados ficam sob responsabilidade do Estado, garantindo controle, integridade e respeito à legislação”, concluiu.