Investigação aponta erro em ataque a tiros no Rio de Janeiro que vitimou médicos

O médico Perseu Ribeiro Almeida de 33 anos | Foto: Reprodução

Por: OCP News Criciúma

05/10/2023 - 19:10 - Atualizada em: 05/10/2023 - 19:15

O Rio de Janeiro foi palco de uma tragédia que chocou o país, envolvendo um ataque a tiros na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Quatro médicos foram alvejados, e infelizmente, três deles perderam suas vidas, enquanto um permanece hospitalizado em estado grave. A tragédia suscitou uma série de perguntas e uma investigação complexa.

De acordo com informações do portal G1, obtidas pela TV Globo através de fontes na polícia, a principal linha de investigação aponta para um trágico erro, sugerindo que os médicos teriam sido baleados por engano. A teoria sugere que traficantes da região de Jacarepaguá teriam como alvo um miliciano local que se assemelhava fisicamente a uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. Nas imagens registradas antes do ataque, é Perseu quem aparece vestindo uma camisa do Bahia, um detalhe que pode ter causado a trágica confusão.

O médico Perseu Ribeiro Almeida foi morto instantaneamente no ataque, enquanto outros dois médicos também perderam suas vidas. Entre os falecidos está o ortopedista Diego Ralf Bomfim, que tinha apenas 35 anos e era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A brutalidade do ataque e a perda de vidas jovens e promissoras geraram comoção e revolta na sociedade.

Devido à proximidade da deputada Sâmia Bomfim com a vítima, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe de perto as investigações. No entanto, até o momento, não há motivos para federalizar o caso, de acordo com Dino.

A principal suspeita da polícia recai sobre Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos líderes de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Taillon reside nas proximidades do local do crime, um quiosque na orla da Barra da Tijuca, e essa proximidade pode ter sido determinante para o trágico erro.

As autoridades investigam se alguém teria avistado o grupo de médicos sentados no quiosque e, de forma equivocada, informado aos criminosos sobre a localização de Taillon, que seria o alvo original. Um dos atiradores, de acordo com as imagens de câmeras de segurança, chegou a voltar para verificar o estado de Perseu após os disparos.

A investigação ainda está em curso, e outras linhas de apuração não estão descartadas. No entanto, a polícia acredita que o crime não foi meticulosamente planejado, mas sim uma ação baseada em informações repassadas no momento. Isso explicaria a presença de um dos criminosos vestindo bermudas, o que é incomum em execuções planejadas, enquanto os outros estavam com trajes escuros, embora não cobrissem seus rostos.

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro mobilizou equipes para reconstituir o trajeto do veículo usado no crime. A polícia classifica o ataque como uma execução, uma vez que nada foi levado das vítimas e os criminosos abriram fogo sem proferir qualquer palavra.

O vídeo das câmeras de segurança mostra o momento exato em que o veículo se aproxima do quiosque e os atiradores descem, correndo em direção às vítimas, disparando pelo menos 33 tiros em menos de 30 segundos. A brutalidade e a rapidez da ação chocaram a todos que assistiram às imagens.

Os médicos estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, e participariam do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. A tragédia abalou não apenas suas famílias e amigos, mas também a comunidade médica e a sociedade como um todo, que clama por respostas e justiça diante desse ato de violência inexplicável e devastador.

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