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Influenciador que praticava golpes que prometia ganhos de “octilhão de reais” é preso em Joinville

Fotos: PCSC/Divulgação

Por: Priscila Horvat

30/01/2025 - 13:01 - Atualizada em: 30/01/2025 - 13:25

A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (30), a terceira fase da operação Falso Profeta, que investiga um golpe milionário aplicado por uma organização criminosa em todo o país. Entre os alvos da ação, que ocorreu em sete estados, está um influenciador digital de Joinville, no Norte de Santa Catarina.

O mandado de busca e apreensão foi cumprido na zona sul da cidade. No endereço do suspeito, agentes confiscaram celulares e computadores.

Além disso, foi determinada a proibição de acesso às redes sociais e o bloqueio de seus bens.

A operação Falso Profeta é coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE/DIC Joinville) e da 5ª Delegacia de Polícia de Joinville.

Esquema envolvia promessas de fortuna em nome da fé

A investigação aponta que o grupo criminoso usava a internet e a influência de líderes religiosos para enganar vítimas, explorando crenças e promessas de enriquecimento rápido.

Os golpistas se apoiavam na teoria conspiratória “Nesara Gesara” para convencer pessoas (especialmente fiéis evangélicos) a investirem suas economias em falsas operações financeiras e supostos projetos humanitários.

As promessas eram absurdas: em alguns casos, alegava-se que um investimento de apenas R$ 25 poderia render um octilhão de reais. Em outra oferta, os fraudadores garantiam que um aporte de R$ 2 mil resultaria em um retorno de 350 bilhões de centilhões de euros.

Estima-se que mais de 50 mil pessoas tenham sido enganadas, tanto no Brasil quanto no exterior.

O esquema movimentou mais de R$ 156 milhões e envolveu crimes como estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Operação Falso Profeta

A terceira fase da operação Falso Profeta cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em seis estados: Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Os alvos incluem cinco líderes religiosos, advogados e influenciadores digitais.

Durante as buscas, os policiais apreenderam documentos, eletrônicos, falsos títulos financeiros e até cédulas fictícias, utilizadas para convencer as vítimas.

As investigações começaram há mais de dois anos e revelaram que o esquema contava com cerca de 200 participantes, incluindo dezenas de supostos pastores evangélicos.

As lideranças religiosas eram responsáveis por persuadir os fiéis, afirmando que eles haviam sido “escolhidos por Deus” para receber uma quantia milionária.

Mesmo após a prisão preventiva de quatro integrantes e a condenação por estelionato de alguns envolvidos, o grupo continuou aplicando golpes, expandindo sua atuação pelas redes sociais e fazendo novas vítimas.

As investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e recuperar os valores desviados pelo esquema fraudulento.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.