Em casos extremos, pode ocorrer até mesmo a morte devido a uma parada cardíaca ou respiratória. No entanto, a maior parte das pessoas tem apenas reações leves, como vermelhidão, inchaço e dor no local da ferroada. Estima-se que apenas 5% da população seja realmente alérgica à picada de marimbondo.
O risco de vida em caso de picada de marimbondo depende de alguns fatores relacionados, como o estado de saúde e a idade da pessoa, se ela tem alergia ao veneno do inseto, o que pode causar choque anafilático, a quantidade de ferroadas a que a pessoa foi exposta e a região das picadas – os casos mais perigosos são de ferroadas no pescoço ou na mucosa bucal.
Pessoas mais sensíveis podem sofrer queda de pressão arterial, o que pode levar a quadros de inconsciência e desmaios. Pode ocorrer ainda desordem gastrointestinal, cólica, diarreia, náusea, dor de cabeça, calafrio e febre. Se a pessoa for alérgica, a picada tende a desencadear um quadro mais grave, incluindo dificuldade de respirar, edema de glote e contração do pulmão.
Quando as reações são leves, o tratamento é bastante simples. A primeira medida é procurar uma área segura, em caso de enxame, para evitar mais picadas.
Se houver ferrão preso à pele, ele deve ser retirado para impedir que mais veneno seja liberado no organismo. Depois de remover o ferrão, lave a área afetada com água e sabão. Faça uma compressa fria para aliviar a dor e o inchaço provocados pela ferroada.
Podem ser usados analgésicos para amenizar a dor e cremes tópicos para aliviar a coceira. Loções de calamina ou que tenham aveia coloidal ou bicarbonato de sódio na composição são mais indicadas. As dicas de manejo da picada de marimbondo são da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Casos graves de picada de marimbondo
Se a pessoa desenvolver sintomas mais graves, um serviço de emergência deve ser acionado. Se houver disponibilidade, leve a vítima ao pronto-socorro mais próximo.
Algumas atitudes podem ser tomadas durante o encaminhamento para evitar o agravamento do quadro. Em geral, pessoas muito alérgicas, que são as mais suscetíveis, possuem medicação contra ataques alérgicos consigo. Havendo disponibilidade do remédio, ele já pode ser administrado, seguindo as instruções de aplicação.
Durante o deslocamento, vire a pessoa de lado para que ela não sufoque caso tenha vontade de vomitar ou haja sangramento nas vias aéreas. Não dê líquidos para a vítima, também para evitar engasgamento ou sufocamento. Afrouxe as roupas e cubra a pessoa com cobertor, se ela tiver calafrios.
Se for possível, leve o inseto que causou a reação ou tente identificá-lo. Isso será importante para que o médico saiba o tipo de animal a que a pessoa é alérgica e como conduzir o tratamento adequado.