Homem que tentou matar a ex-mulher é condenado em Blumenau

Foto: TJSC/Divulgação

Por: Luan Tamanini

23/06/2023 - 10:06 - Atualizada em: 23/06/2023 - 10:43

Um homem foi condenado nessa quinta-feira (22) a 16 anos e 4 meses de prisão por tentar matar a ex-mulher em Blumenau. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a tentativa de feminicídio foi evitada pela filha da vítima, uma menina de 12 anos, que esfaqueou o suspeito para defender a mãe.

De acordo com a denúncia da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau, o réu não aceitava o fim da relação, rompido no início de 2022, quando quebrou o celular da ex-companheira e a agrediu no rosto. Poucos dias depois do fim do relacionamento, no dia 24 de janeiro, ele invadiu a casa da vítima, onde havia morado, e tentou matá-la. Os filhos da vítima, uma menina de 12 e um menino de 6 anos, testemunharam o episódio.

Na tentativa de matar a ex-companheira, o homem apertou o pescoço para asfixiá-la e ainda deu chutes no rosto e mordeu o braço da vítima em um local onde ela tinha um tumor. Ele ainda tirou um garfo das mãos de uma das crianças e tentou ferir a ex-companheira com o talher. Só não conseguiu feri-la com o garfo porque o objeto entortou.

Como não conseguiu matá-la usando o garfo como arma, o criminoso voltou a asfixiá-la. Ao ver a mãe perder as forças e não conseguir mais se defender, a menina de 12 anos pegou uma faca e esfaqueou o suspeito. O homem ainda tentou correr atrás da mulher e das crianças, porém como estava ferido, acabou caindo.

Para o Promotor de Justiça Guilherme Schmitt, que atuou no Tribunal do Júri, a situação era muito complicada e delicada, porque tinham crianças na cena do crime, inclusive a menina que teve que defender a mãe para impedir que ele consumasse o homicídio.

“São questões delicadas e sempre difícil de abordar num plenário de júri. Mas, o julgamento ocorreu a contento. Foi desenvolvido da melhor forma possível para um julgamento dessa espécie e o Conselho de Sentença acabou acatando a tese do MPSC de tentativa de feminicídio. Dá para considerar que o resultado de 16 anos e quatro meses de reclusão foi justo, de acordo com o que continha na denúncia”, comentou o Promotor de Justiça.

A prisão preventiva do réu foi mantida e a ele foi negado o direito de responder em liberdade.

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