Na época, o autor dos golpes foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por tentativa de homicídio qualificado. Seu julgamento aconteceu mais de cinco anos depois, em Fraiburgo, cidade-sede da comarca. Ele chegou ao fórum de camburão, pois já cumpre pena em regime fechado pela morte de um adolescente hemofílico (relembre o julgamento).
O promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva conduziu a acusação, apresentando as evidências do crime aos jurados e desmantelando as teses da defesa. “Dois homens tiveram uma briga corporal em igualdade de condições, mas na sequência um deles resolveu agir de maneira desproporcional, usando uma faca buscada na casa de um terceiro. Esse tipo de atitude não pode ficar impune. Precisamos dar uma resposta firme para a nossa sociedade”, disse o promotor de Justiça.
Após ouvirem os depoimentos da vítima e das testemunhas, o interrogatório do réu e os debates entre o Promotor de Justiça e a advogada de defesa, os jurados decidiram pela condenação, reconhecendo o motivo torpe como qualificadora, por entenderam que a ação ocorreu por vingança. A pena foi fixada em oito anos de reclusão. Após a leitura da sentença, o homem foi reconduzido ao presídio.