A investigação do assassinato de Juliana Grasiela Pinheiro Wirth, de 40 anos, ganhou novos contornos com a tomada de depoimentos.
Durante a oitiva, Gilberto Ludvichak disse que não matou Juliana e que a autora, na verdade, teria sido a ex-companheira dele.
Em um primeiro momento, Gilberto assumiu autoria do crime após ser preso pelos policiais militares no dia 24 de maio.
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Porém, ao ser ouvido em interrogatório pela delegada Roberta Franco França, ele mudou a versão.
“Ele alegou que a ex-companheira dele matou a vítima e que teria feito apenas o vídeo. A ex-companheira teria cometido esse crime ao ir na casa para tirar satisfação sobre uma denúncia. Mais tarde, ela teria contado para ele que teria matado a vítima e pediu para ele fazer um vídeo para provar para a facção a lealdade deles”, conta Roberta.
Na nova versão, a ex-companheira de Gilberto faria parte dessa facção criminosa, mas não teria a confiança neles.
Ao contrário da prova de amor para o retorno do relacionamento, o vídeo teria sido gravado para provar a lealdade à organização criminosa.
Roberta conta que Gilberto foi muito frio durante todo o interrogatório.
Ele informou que decidiu contar a verdade porque estava querendo poupar a ex-companheira.
“Ele disse que assumiu toda a responsabilidade para poder ajudar ela. Porém, ele viu que a ex-companheira estava colocando ele na fogueira e resolveu que iria contar a verdade”, frisa a delegada.
Juliana foi assassinada a facadas na frente do filho, de dois anos, na residência em que morava na rua Maria Zastrow, no bairro Nova Esperança.
Como a ex-companheira estava no hospital, Gilberto foi até a unidade e foi detido pela Polícia Militar.
A faca utilizada no crime foi encontrada dentro do veículo dele, mas o homem afirma que ela foi dada a ele pela ex-mulher.