O homem que matou um amigo em Curitibanos confessou que estava com o corpo em casa há cerca de uma semana.
Ele foi interrogado nesta segunda-feira (19) pelo delegado Diones de Freitas, titular da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Curitibanos, o autor estava morando na casa há poucos dias e a vítima passou a morar com ele no dia 9 de fevereiro.
Ambos já se conheciam desde o mês de agosto de 2023, quanto estiveram em tratamento na “casa de misericórdia” na cidade.
O conjunto de indícios indica que no sábado (10), por volta das 19h, o suspeito e a vítima começaram a ingerir bebida alcoólica dentro da casa.
Em seguida, a vítima saiu para comprar drogas, sendo acompanhada pelo suspeito.
Posteriormente, eles retornaram para a casa e a vítima fez uso da droga que comprou. O autor continuou a ingerir bebida alcoólica.
Por volta das 22h, novamente, a vítima saiu para adquirir mais drogas, sendo mais uma vez acompanhada pelo assassino.
Após a vítima obter as drogas, ambos retornaram para o imóvel, sendo que a vítima usou o entorpecente e o autor permaneceu bebendo.
Na madrugada de domingo (11), a vítima ficou agressiva com o colega e, em determinado momento, desferiu um tapa no rosto dele.
Os dois entraram em luta corpora e o autor deu “mata-leão” até que o amigo desmaiasse.
Após provocar o estado de inconsciência da vítima, o autor continuou a beber e posteriormente foi dormir.
Ao amanhecer, ele tentou acordar o homem, mas percebeu que ele estava com a face arroxeada e com a pele fria, circunstâncias que o fez perceber que o colega estava morto.
O autor contou que ficou atordoado e, sem saber o que fazer, permaneceu com o corpo da vítima por uma semana dentro do imóvel, até que resolveu informar ao seu patrão sobre o ocorrido, o que aconteceu apenas no domingo (18).
O autor afirmou que, entre segunda e a terça-feira subsequente a morte da vítima, o cadáver passou a exalar um forte odor, o que fez com que ele empregasse meios para dissimular o cheiro que exalava de dentro da casa.
Ele usou de produtos de limpeza, sabonetes, desodorante, dentre outros, os quais foram jogados sobre o cadáver da vítima.
O homicida ressaltou, ainda, que, no último final de semana, o cheiro estava ficando muito forte e, por não suportar mais a situação, resolver expor o que havia acontecido.
As investigações prosseguem com a intenção de esclarecer os fatos em sua plenitude.
Diante da ausência de registros criminais pretéritos do autor, aliada a sua colaboração com as investigações, o delegado entendeu, neste momento, não representar pela prisão preventiva.