A Delegacia de Polícia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Jaraguá do Sul prendeu na tarde desta quarta-feira (3) um homem de 43 anos suspeito de estupro de vulnerável contra duas adolescentes ligadas à ex-companheira dele. Atualmente, as vítimas têm 12 e 15 anos. O caso veio à tona no último dia 29, após a separação do casal.
A delegada Roberta Franco França, responsável pelas investigações, informou que os abusos contra uma das vítimas ocorreram por aproximadamente quatro meses, com o último episódio há cerca de um mês.
Já a segunda vítima relatou abusos que teriam ocorrido dos 7 aos 12 anos, sendo o último há aproximadamente três anos.
Segundo a delegada, a afilhada descobriu que a madrinha havia se separado recentemente do suspeito e decidiu relatar que vinha sendo abusada por ele.
Durante essa ligação, a outra adolescente — que estava com a avó — ouviu o relato e contou que também havia sido vítima quando era mais nova.
A prisão do suspeito ocorreu no local de trabalho dele. A delegada confirmou que o homem já possuía histórico policial por crime contra a honra envolvendo violência doméstica. Após o cumprimento da prisão, ele foi interrogado na DPCAMI e encaminhado ao presídio.
A DPCAMI já instaurou inquérito policial, ouviu testemunhas e anexou documentos e vídeos ao procedimento. O material será encaminhado ao Poder Judiciário, que irá conduzir o depoimento especial das vítimas.
Como identificar e denunciar a violência sexual
Casos como este reforçam a importância de atenção constante a possíveis sinais de violência sexual contra crianças e adolescentes — crime que, segundo especialistas, muitas vezes ocorre dentro do ambiente familiar ou de confiança.
Segundo a delegada, a principal forma de proteção é a observação cuidadosa do comportamento dos menores. Ela destaca que é essencial “estarem sempre atentos a pequenos sinais que as crianças e/ou adolescentes possam apresentar. Alterações de comportamento.”
Roberta ressalta que não existe um padrão fixo que indique violência, mas explica um ponto fundamental para prevenção: “Não existe uma regra, mas geralmente os abusadores são pessoas mais próximas.”
Autoridades ressaltam que mudanças de comportamento, medo incomum, isolamento, comentários indiretos e relatos espontâneos devem sempre ser levados a sério.
Por isso, a delegada reforça que pais e responsáveis devem manter vigilância contínua, independentemente de quem convive com a criança ou adolescente. Segundo ela, o mais importante é “estar sempre vigilantes e atentos aos sinais.”
Denúncias podem ser feitas na própria DPCAMI, localizada na Rua Marthin Stahl, 507, no Bairro Vila Nova, pelo telefone (47) 3276-9552; pelo Disque 100; pela Polícia Militar, no 190; ou diretamente no Conselho Tutelar.
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