O homem e a mulher presos ao serem flagrados com o menino Nicolas, de 2 anos, vão continuar presos durante a investigação do caso.
Marcelo Valverde, de 51 anos, e Roberta Porfírio, de 42, tiveram suas prisões em flagrante convertidas em preventivas pela Justiça nesta terça (9), durante uma audiência de custódia diante de um juiz.
O retorno do menino para casa, que estava previsto para acontecer nesta terça, não se confirmou.
O Poder Judiciário de São Paulo decidiu manter Nicolas sob custódia num abrigo, cujo endereço é mantido em sigilo, até que a situação seja esclarecida.
O juiz quer ter certeza de que a criança estará segura com a família em Santa Catarina, já que foi rejeitada pela mãe, que confessou ter entregue o menino por livre e espontânea vontade.
Tráfico de crianças
As polícias civis de São Paulo e também a catarinense investigam a possibilidade de que Marcelo e Roberta façam parte de um esquema de tráfico de crianças, e querem descobrir se houve outras vítimas nos últimos anos.
Uma das evidências foi a participação de Marcelo em grupos de ajuda formados em redes sociais, frequentados por pessoas interessadas em adoções e também por mães em vulnerabilidade que alegam não ter condições de criarem os filhos.
Foi num desses grupos que Marcelo conheceu a mãe de Nicolas, há dois anos, assim que o menino nasceu.
Marcelo contou em seu depoimento que entrou no grupo porque pretendia, junto com sua esposa, identificada como Juliana, adotar uma criança.
No entanto, quando a oportunidade surgiu, ele repassou o menino Nicolas para outro casal, formado por Roberta e seu esposo, cujo nome ainda não foi divulgado.
Ao serem localizados e abordados pela Polícia Militar de São Paulo, na noite de segunda (8), Roberto e Marcela afirmaram ser amigos, e que estavam naquele exato momento se dirigindo até o Fórum do bairro Tatuapé para formalizar a suposta adoção.
No Fórum, a Promotoria da Infância e Juventude confirmou essa versão. No local, havia inclusive uma advogada contratada por Marcela aguardando o casal para formalizar a solicitação.
Nicolas, que é morador da cidade de São José, na Grande Florianópolis, estava desaparecido desde o dia 30 de abril.
Na última vez em que foi visto, o menino estava com a mãe, que relata ter levado o filho para a escola. O menino foi incluído na lista do portal “SOS Desaparecidos” da Polícia Militar de Santa Catarina.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de São José.
*Com informações de Guararema News.