Homem é denunciado por assassinar filha e tentar matar outros quatro familiares no Vale do Itajaí

Géssica Tizon | Foto Reprodução Facebook

Por: Felipe Elias

28/04/2021 - 18:04 - Atualizada em: 29/04/2021 - 15:10

O Ministério Público de Santa Catarina apresentou denúncia contra Claudinei Tizon, de 42 anos, que é acusado de assassinar a própria filha, Géssica Tizon, de 21 anos, e de tentar matar a esposa, o cunhado e os sogros. O caso ocorreu no dia 12 de abril, em Rodeio, no Médio Vale do Itajaí.

A denúncia da Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra relata os fatos que teriam ocorrido depois da esposa do acusado, após 23 anos de união, fugir para a casa dos pais e obter uma medida restritiva contra o marido, em virtude das constantes agressões e ameaças de morte supostamente recebidas caso denunciasse o companheiro à polícia.

Inconformado com a fuga, o homem teria se armado com duas facas e uma carabina artesanal calibre 22 e ido à casa dos sogros, localizada na mesma rua. Chegando na residência, segundo o inquérito, ele apontou a arma de fogo para a esposa para efetuar um disparo, mas foi atrapalhado pelo sogro, que correu na sua direção.

Nesse momento, o acusado tentou assassiná-lo com um golpe na cabeça. Foi então que a sogra interveio, recebendo três facadas nas costas, da mesma forma que o cunhado. Os golpes nos três não foram fatais, apesar da suposta intenção de matar do agressor.

Depois de incapacitar o cunhado e os sogros, Claudinei teria passado a desferir uma série de facadas na esposa, até que a filha se colocou entre eles. A jovem recebeu quatro golpes de faca no peito, sendo que um deles atingiu o coração, causando sua morte.

Para o promotor Victor Abras Siqueira, que apresentou a denúncia um dia após a conclusão do inquérito policial, o acusado teria cometido feminicídio contra a filha e tentativa de feminicídio contra a esposa, além de três tentativas de homicídio contra os sogros e o cunhado. Todos os crimes seriam, ainda, qualificados pelo motivo fútil e pela impossibilidade de defesa das vítimas.

Se a Justiça aceitar o pedido, Claudinei, que está preso preventivamente, passa a ser formalmente réu em ação penal.

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