Um crime brutal, que por pouco não provocou mais um feminicídio, levou à condenação de Jhonatan Zeli Barbosa Caetano, denunciado pelo Ministério Público. A vítima teve 45% do corpo queimado após o réu, seu companheiro, tentar matá-la jogando álcool sobre ela e ateando fogo nela, no bairro São Cristóvão, em Tubarão.
Jhonatan foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Tubarão a 12 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por tentativa de homicídio qualificado pelo feminicídio e pelo uso de fogo.
No dia 1º de agosto de 2020, por volta das 6 horas, o réu tentou matar sua companheira no pátio de um posto de combustíveis na marginal da BR-101, no bairro são Cristóvão. Por viverem em situação de rua, o casal dormia no pátio do estabelecimento.
Conforme a denúncia do MPSC, enquanto a vítima estava sentada no local em que o casal costumava dormir, Jhonatan despejou álcool sobre ela e, na sequência, ateou fogo na mulher. As chamas se alastraram por todo o corpo da vítima instantaneamente, causando-lhe grande extensão de queimadura de terceiro grau.
Jhonatan somente não conseguiu matar a vítima, pois um homem, testemunha do caso, prestou imediato socorro à vítima e acionou o Corpo de Bombeiros, que encaminhou a vítima ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, onde foi internada em estado grave na UTI.
De acordo com a ação penal, o crime foi praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, assim considerado porque foi cometido em um contexto de violência doméstica e familiar, já que o denunciado e a vítima conviviam em união estável.
A Promotora de Justiça Liliana Schuelter Vandresen atuou perante o júri. Por conta do risco à ordem pública e pelo fato de o crime ter sido praticado de modo brutal, contra uma mulher e em situação de violência doméstica, o réu deverá recorrer preso.