Homem declarado morto ‘acorda’ durante coleta para doação de órgãos

Foto: Imagem ilustrativa Imagem de gpointstudio no Freepik

Por: Priscila Horvat

25/10/2024 - 18:10 - Atualizada em: 25/10/2024 - 18:42

Um homem, de 36 anos, que sofreu uma parada cardíaca e foi declarado com morte cerebral, acordou enquanto cirurgiões coletavam seus órgãos para doação.

O caso que parece ficção aconteceu em outubro de 2011, em Kentucky, nos Estados Unidos, mas só agora veio ao conhecimento da mídia após as informações serem divulgadas pela família.

Anthony Thomas “TJ” Hoover foi levado ao hospital Baptist Health em decorrência de uma overdose de drogas.

Os médicos informaram a irmã de Anthony, Donna Rhorer, que o paciente já não tinha mais reflexos ou atividade cerebral.

A equipe médica também teria informado Donna que Anthony tinha dado permissão para que seus órgãos fossem doados no caso de sua morte.

Para honrar seus desejos, o hospital testou quais de seus órgãos seriam viáveis ​​para doação, e o hospital até fez uma cerimônia em homenagem a ele.

Em um dado momento, Donna notou que, depois de ter sido dado como morto, o irmão teria se mexido, mas, ao questionar, foi informada que isso era algo normal, que seria apenas espasmos musculares.

Cerca de uma hora depois de Anthony ter sido levado para a cirurgia para a retirada dos órgãos, um médico apareceu e explicou que “ele não estava pronto”.

E, por “não estar pronto”, significava que Anthony estava vivo.

Em seguida, Donna recebeu instruções para levar o irmão para casa e deixá-lo confortável, embora ele provavelmente não vivesse muito mais.

Anthony até hoje vive com a irmã, que se tornou sua cuidadora. Embora tenha sobrevivido, ele sofre alguns problemas de memória, fala e de locomoção desde o incidente.

À mídia local, Donna contou que só soube de todos os detalhes da cirurgia de seu irmão em janeiro desde ano, após um ex-funcionário contatá-la antes de enviar uma carta a um comitê do congresso, pedindo uma audiência para examinar organizações relacionadas à doação de órgãos.

Esse ex-funcionário ainda disse que viu Anthony começar a “se debater” na mesa de operação e também a “chorar visivelmente”.

Em resposta aos relatos repassados ​​por Donna à mídia local, o hospital emitiu uma nota afirmando que a segurança do paciente era sua “maior prioridade”.

“Trabalhamos em estreita colaboração com nossos pacientes e suas famílias para garantir que os desejos de nossos pacientes para doação de órgãos sejam seguidos”, disse a declaração do hospital.

Embora saiba que a fila de transplantes é imensa, que existem inúmeras campanhas incentivando a doação de órgãos e que o caso de Anthony tenha sido uma situação única, Donna afirmou que resolveu trazer o caso a público e que valeria a pena compartilhá-lo se pudesse “dar a outra família a coragem de falar ou se pudesse salvar outra vida”.

O caso está sob investigação por autoridades do governo estadual e federal.

* Com informações do The Guardian

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