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Grupo que aplicou golpe em mãe de modelo em SC é alvo de operação

Foto: PCGO/Reprodução

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

08/11/2024 - 15:11 - Atualizada em: 08/11/2024 - 15:20

Na quinta-feira (7) a Polícia Civil de Goiás deflagrou a 2ª fase da Operação Paenitere, cumprindo mais de 100 ordens judiciais para identificar e prender os responsáveis pelo golpe do “novo número”, uma fraude eletrônica que tem causado danos significativos a vítimas em todo o Brasil. A operação também cumpre o sequestro de bens no valor de R$ 7 milhões.

Cerca de 250 policiais civis trabalharam na operação cujos mandados foram cumpridos em Magé (RJ), Barra do Garças (MT) e em Goiás: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia, contra integrantes de associação criminosa especializada na prática de fraude eletrônica e também na lavagem de capitais dos valores obtidos com os golpes. Esta é a maior operação do ano já realizada pela PCGO, com o maior número de prisões efetuadas.

O Golpe do “novo número”: como funciona?

O golpe do “novo número” envolve criminosos que se passam por alguém conhecido da vítima, geralmente usando engenharia social para enganar as pessoas. No caso mais notório, em maio de 2021, a mãe da modelo internacional Carol Trentini, que vive em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina, foi vítima do golpe e zerou a conta.

Os criminosos, se passando por Carol, conseguiram convencer a mãe dela a transferir cerca de R$ 125 mil para contas de terceiros. O golpe é especialmente cruel, pois atinge, muitas vezes, pessoas idosas e vulneráveis, que não têm a desconfiança necessária para identificar a fraude.

Foto: Reprodução

A maior operação do ano em Goiás

Com mandados de prisão, busca e apreensão, e o sequestro de bens, a 2ª fase da Operação Paenitere representa a maior ação de combate ao estelionato eletrônicos realizada pela PCGO neste ano. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados de prisão temporária e dezenas de mandados de busca e apreensão em diversos estados brasileiros. A operação teve como foco uma associação criminosa especializada na prática de fraudes eletrônicas e na lavagem de dinheiro obtido de forma ilícita.

A investigação aprofundada revelou que o esquema criminoso era composto por vários integrantes com funções específicas dentro da operação fraudulenta. Entre os membros da organização, estavam desde o líder, responsável pela manipulação social e engano das vítimas, até os fornecedores de banco de dados, que forneciam informações pessoais das vítimas, facilitando o golpe.

Além disso, a operação envolveu aliciadores de contas bancárias e até responsáveis por ocultar a origem ilícita dos valores, através de contas de “passagem”, usadas para disfarçar o destino final do dinheiro obtido de maneira criminosa. Essa estrutura complexa e hierárquica fez com que os criminosos conseguissem aplicar golpes em vítimas em todo o Brasil, movimentando milhões de reais de maneira rápida e eficiente.

 

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).