Quem assiste aos filmes e seriados americanos sempre fica impressionado com a tecnologia nos processos de investigação de crimes quando com um fio de cabelo, uma gota de sangue ou um pouco de saliva a polícia chega até o autor de crimes. Essa realidade não está mais tão longe dos catarinenses. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Análises Forenses (IAF), órgãos do Instituto Geral de Perícias (IGP), têm neste ano perspectivas positivas no combate à criminalidade. Agora, foi iniciado o processo de inserção de perfis genéticos criminais de forma sistematizada no Banco Estadual e Nacional de Perfis Genéticos. O sistema é gerenciado pelo CODIS (Combined DNA Index System), software desenvolvido pelo FBI (Federal Bureau of Investigation).
Esse avanço começou a render frutos positivos. Através de uma amostra de sangue de um marginal que participou de um roubo a caixa eletrônico em 2013 na cidade de Itaiópolis, no Norte catarinense, a polícia chegou a uma ligação de autoria de dois eventos. Os peritos criminais cruzarem dados do caso com amostras de sangue recolhidas em um evento envolvendo arrombamento a caixas eletrônicos de uma agência da Caixa situada no município de Piên (PR). Pelo banco interligado, foi constatado que o mesmo homem esteve nos dois assaltos.
Segundo o diretor geral do IGP de Santa Catarina, Miguel Colzani, “este sistema permite a determinação inequívoca de um indivíduo em determinada cena de crime, auxiliando a investigação e o sistema judiciário na devida persecução penal.” Ele completa: “Esperamos que este seja o primeiro de muitos casos de confrontos positivos.”
19/02/2016 - 15:02 - Atualizada em: 19/02/2016 - 15:18