O advogado Giocondo Tagliari Calomeno é o novo presidente da Associação de Serviços Sociais Voluntários de Jaraguá do Sul. A partir deste sábado (1º), ele estará à frente da entidade que mantém o Corpo de Bombeiros Voluntários pelos próximos três anos.
Giocondo assume o lugar de João Alfredo Silveira, de quem foi vice-presidente durante a gestão no último triênio. O advogado faz parte da diretoria da associação há quase dez anos. Porém, há 17 anos participa como assessor jurídico para os bombeiros voluntários.
“É uma emoção muito grande assumir esse cargo, mas o que mais pesa é a responsabilidade. O que existe aqui dentro é viciante e fazer esse serviço de forma voluntária traz uma responsabilidade muito grande. Ao mesmo tempo que é cobrado, você quer contribuir para que a instituição cresça, melhore e que fique algo visível lá fora”, comenta.
O novo presidente destaca que as últimas gestões deram prioridade para a informação e para a transparência. Neste triênio não será diferente. Segundo Giocondo, é necessário que a comunidade tenha acesso aos números para que fique a par da real situação da corporação.
“Muitas vezes, a pessoa passa na frente e vê caminhões novos e acha que nós temos dinheiro. Porém, ela não sabe o quanto suamos para trazer recursos e manter toda essa estrutura em pé. A transparência vai ser mantida e vamos trabalhar para trazer cada vez mais. É importante que tudo o que fazemos apareça lá fora”, frisa.
O advogado ressalta que há diversos projetos da gestão passada e que serão continuados pela nova diretoria. Mas Giocondo ressalta que existem demandas que precisam ter prioridade dentro da gestão nos próximos três anos.
“A principal delas é tornar o Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul autossustentável. Nós precisamos de menos dependência dos órgãos que hoje nos mantém. De que formas vamos fazer isso? É justamente o que estamos implementando. São projetos e ideias que estão vindo e, de certa forma, são ampliadas”, adianta.
Equipamentos e recursos humanos
O novo presidente lembra que existem duas importantes peças que compõem a engrenagem do Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul. Uma delas são os equipamentos utilizados nas missões de resgate e a outra são os bombeiros que arriscam suas vidas todos os dias para ajudar a população jaraguaense.
“Porém, é importante observar que o mais importante nesta corporação são as pessoas. Não adianta a gente ter um monte de equipamentos, os melhores caminhões e não ter uma pessoa para operar. A mão de obra é essencial para nós, as pessoas são essenciais para nós”, salienta.
Giocondo lembra que os últimos três anos foram muito produtivos na aquisição de novas ferramentas para a corporação. Ele classifica como um verdadeiro salto em comparação ao que havia anteriormente. O novo presidente salienta que a tendência é que isso melhore nessa gestão.
“Nós somos cobrados todo o tempo. Temos muitos parceiros olhando para nós e também para o que acontece com Jaraguá do Sul. A cidade está crescendo, vai ter prédios muito altos, alguns deles com até 30 andares. Eles nos perguntam como está o planejamento para essa situação, como vamos atender essa demanda ou se vamos continuar a depender de corporações vizinhas”, ressalta.
“Somos muito cobrados, mas tem muita gente querendo colaborar com o crescimento da nossa corporação e, por isso, nós prestamos contas. Tudo o que gente fez nos últimos três anos foi com a ajuda dos nossos parceiros. Eles estão nos ajudando, mas sempre esperam uma contrapartida nos pedindo para mostrar o que fizemos. Isso precisa continuar”, completa.
Futuro
Ao ser questionado sobre como quer deixar a gestão daqui a três anos, Giocondo pontua que espera que a instituição esteja numa situação melhor. Ele quer instalações melhores, com mais pessoas e uma condição financeira mais tranquila.
“Eu sei que, nos próximos três anos, vamos ter demandas primordiais para serem resolvidas aqui dentro. Vamos precisar de muita gente séria e, graças a Deus, eu tenho uma turma boa. Eles resolveram topar esse desafio comigo. São pessoas que já estavam com a gente e uma turma nova que está entrando. Eu espero que, daqui a três anos, eu volte a sentar contigo e para dizer que a tarefa foi entregue e estou saindo com o dever cumprido”, finaliza.