A Gerência Regional de Educação (Gered) se manifestou sobre o caso do professor da rede estadual envolvido na exploração sexual de um adolescente de 14 anos em Jaraguá do Sul.
A gerente regional de Educação, Cristiana Poltronieri Ziehlsdorff, emitiu uma nota na tarde desta terça-feira (4). Um processo administrativo contra o servidor deve ser aberto para verificar a sua conduta. Como punição, o educador poderá ser exonerado.
O professor envolvido no flagrante ocorrido na semana passada, e que segue em segredo de Justiça, deve ser substituído em breve. A Gerência Regional de Educação solicitou a substituição do docente para que não haja prejuízo aos alunos.
O órgão já pediu uma cópia do boletim de ocorrência do crime e também a declaração da prisão preventiva. Os documentos vão servir para a abertura do processo administrativo sobre esse caso. Novas denúncias podem ser feitas junto à Gered.
Os dois documentos serão encaminhados para o setor de Gestão de Pessoas e para o gabinete da secretária. O processo administrativo deve ser aberto nos próximos dias, com a composição de uma comissão para análise do caso, depoimentos de defesa e acusação.
Após todos os trâmites, o processo será encaminhado para Florianópolis para análise final da Procuradoria do Estado.
“Mesmo que para este ano não seja mais possível formar a comissão processante, será encaminhado o pedido e toda documentação para que, em janeiro, a nova equipe dê continuidade. No pedido, a gerente irá resgatar o processo de 2016 e manifestar-se-á pela exoneração do professor”, explica a nota.
Pedido de exoneração
Esta não é a primeira vez que o professor é alvo de um processo na Gerência Regional de Educação. O docente já respondeu a um processo disciplinar em 2016.
A comissão avaliava uma denúncia de assédio sexual contra um adolescente de 16 anos. Na época, ele foi afastado temporariamente da função, mas retornou após ter o processo arquivado.
A Gered declarou que, “por falta de materialidade e por não haver antecedentes que indicassem má conduta do servidor, a Procuradoria do Estado não acatou o pedido de exoneração sugerido pela comissão processante”.
Ou seja, a comissão que avaliou o caso chegou a pedir a exoneração do servidor, mas o pedido foi negado em Florianópolis. Ele responde a um processo na Justiça pela mesma denúncia.
Índole duvidosa
A gerente regional de educação enfatiza que esse segundo caso não aconteceu na escola e classifica o ato como inadmissível. A nota frisa que os pais depositam a confiança nos professores e esperam que os filhos estejam seguros no ambiente escolar.
“O professor, ou qualquer outro servidor da educação, precisa ser exemplo e não apresentar índole duvidosa conforme rege o próprio estatuto estadual do magistério”, observa.
A nota termina informando que os nomes das escolas não serão divulgados em respeito aos demais professores e à comunidade escolar.
A gerente regional de Educação afirma que “não é possível generalizarmos nossos educadores, nem envergonhar o nome das nossas escolas devido à conduta deste servidor, pois, todos os dias, inúmeros professores defendem, acreditam e fazem o melhor pelos nossos alunos”.
Programa com um menor
O caso começou no início da madrugada do dia 29 de novembro, quando o professor foi flagrado pela Polícia Militar com o adolescente em um carro. Os dois estavam em um condomínio, um local ermo na rua Edson Luiz Bartch. De acordo com a PM, uma guarnição passava em rondas e o motorista fugiu durante a tentativa de abordagem.
O condutor saiu em alta velocidade e quase causou acidentes. No momento da abordagem, os PMs verificaram que um homem de 44 anos e um adolescente estavam no interior do veículo.
O adolescente disse aos policiais militares que ganharia dinheiro para ter relações sexuais com o professor. O rapaz disse, ainda, que se encontraria com o agenciador para pagar a porcentagem do programa.
Uma mulher de 21 anos foi presa por tentar receber o dinheiro. Posteriormente, um homem de 24 anos foi preso em casa. Ele é acusado de articular o esquema.
Todos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil e um exame de corpo de delito foi feito no Instituto Geral de Perícias.
Após as audiências de custódia, os dois homens foram presos e a mulher solta mediante a pagamento de fiança.
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